ESQUADRÃO DA MORTE IS COME BACK

Poucos dias após o ministro da justiça, Sergio Moro, apresentar o pacote anticrime, também conhecido como pacote de maldades, a polícia do RJ realizou duas chacinas, uma em Santa Tereza e outra em Nova Iguaçu, com vinte e dois mortos.

O pacote dá uma licença para o policial militar matar sem sofrer punição. Um vigia de um supermercado na Barra da Tijuca, aplicou um 'mata leão' em um jovem que cometeu uma infração e acabou asfixiando o rapaz, que morreu.

Imagino que o excesso de força colocado no braço do vigia tenha a ver com a sensação de impunidade, agora legalizada. Enquanto sufocava o rapaz ele se sentia um herói da sociedade, um justiceiro condecorado pelo ato de bravura.

Assim a política vai emparedando opositores, cerceando a democracia, através de medidas que sublinham as declarações do governador Witzel: "atirar na cabecinha."

Isso justifica as condecorações que milicianos receberam da família Bolsonaro, entre elas a maior de todas, a Medalha Tiradentes, para o foragido suspeito de assassinar Marielle Franco.

Antes das eleições os eleitores de Bolsonaro faziam apologia ao seu discurso autoritário e violento, sentiam-se seguros com os métodos letais que seriam utilizados na segurança pública contra a 'bandidagem'.

O governo saiu da narrativa e, por decreto, abriu o mercado para a compra de armas, colocando policias em apuros, portadores de armas em risco e, de quebra, aumentará o arsenal do tráfico.

Para pagar dívidas de campanha com a indústria do armamento o presidente, com a legalização da chacina e o porte de armas, trouxe de volta o esquadrão da morte.

Ricardo Mezavila,

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 15/02/2019
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