Cada um é cada um

Pai e filha

- diz pra mim que tu não está assistindo BBB. Diz pra mim, diz

- não pai, no momento está dando a novela. A resposta é ...

- dúvida!

- simmmmmmmmmmmmm

O pai chora!

- colégios particulares, faculdade, pós graduação ..., agora ....

A filha sorri e lembra de outras qualificações próprias da sua profissão e diz – graças a vocês!

O pai diz – lá vai a "chatoia" (uma personagem chata de determinada novelinha)

O filho, que está longe, entra na conversa (grupo zapzap)

- um cara que vendia tomate, depois foi contínuo. Montou um time de futebol. Foi chefe em uma empresa pública. Executivo de multinacional, empresário e, agora, assistindo novela!

A irmã da risada e o pai se cala (refletindo ou porque a novela deve ter ficado boa)

Este pequeno diálogo virtual me fez pensar em vários ditados populares, tipo:

“gosto é gosto dizia uma velha comendo sabão”; “não julgues, para não seres julgado”; “quem sabe de mim sou eu” ... Afinal, cada um tem seus motivos.

A filha diz que depois de um dia estafante de trabalho, assistir aquele “besteirol” lhe ajuda a esvaziar a mente. O pai gosta de novelas desde a época das radionovelas e agora, aposentado, se delicia mais.

O filho puxou um pouquinho a mãe, prefere um documentário, filme ou ler um livro, além, é claro, desse mundo virtual. Mas a mãe confessa que assiste uma novelinha de época também, agora, para os dois últimos, BBB, jamais

E - assim caminha a humanidade – cada um é cada um!

Tânia França
Enviado por Tânia França em 14/02/2019
Reeditado em 14/02/2019
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