VÁLVULA DE ESCAPE

Inúmeros são os porques da morte adjuntos da própria morte...

Sabe-se que quando alguém se mata, sua vontade não é dar fim à própria vida, mas tão somente, findar uma dor interna e intensa...

Hoje doeu o estômago e formou-se um nó bem apertado em minha garganta, mas acreditem, doeu menos, bem menos, do que a profunda dor em minha alma nesses últimos dias...

Desabafo de uma menina que sempre usou a escrita como válvula de escape,

Tanto no ódio, como no amor;

Tanto na tristeza, como na alegria;

Tanto na lágrima, como no sorriso;

E hoje no brilho de seus olhos caiu um cisco;

Mas ao invés de disfarçar com um belo sorriso,

Ela se abraçou apertando as unhas contra seus fragelos braços, de modo a fazer com que a dor externa sentida naquele momento, fosse capaz de segurar as lágrimas, e fazer com que estas não escorressem externamente...

Por um momento ela conseguiu,

Mas seus olhos não são capazes ocultar sua alma de menina fragilizada...