Sons do passado que viraram presente!
Todos nós temos sons do passado, normalmente são ótimos, nos remetem a lembranças de coisa lindas que vivemos na infância, adolescência e juventude. Não sou uma pessoa saudosista, mas possuo sons imemoriais gravados na minha memória( atulhada como favela). Vou começar pelos sons daquele que me deu a vida, meu papi: a tosse rouca ao amanhecer, pois era uma fumante contumaz e sua voz grave me chamando de Isa, o apelido que ele me deu e o único que me chamava assim: - Isaaa, vem cá!! E os sons deliciosos dos meus filhotes quando pequenos, as risadas deliciosas e aquelas vozes me chamando: -mãeee, tô com fome! A voz da minha filha reclamando da insônia quando pequena: - mãe tem bailes na minha cabeça e o meu menino com seus malditos deliciosos porquês. São tantos sons para elencar, há os meus em particular são o barulho da chuva na minha janela, a voz inesquecível e grave do meu amor, quando o reencontrei depois de vinte cinco anos, quando ele me disse em meio ao escuro de uma festa noturna: - tu és a Marisa, né? Não precisei me virar para saber que era ele, o meu amor português do fim da adolescência e inicio da juventude e agora, meu amor/amante/amigo/parceiro de idade adulta.