UM CORO DE PASSARINHOS

Ao lado do meu prédio há um a vila em formato de um T. E o meu apartamento é de fundos e dá de frente para o traço horizontal do T.

Ao acordar esta manhã, percebi um som de passarinhos. Fui até à varanda e participei de um momento único. Nesta avenida existe uma senhora árvore que tem mais altura do que o meu andar que é o 4º, mas, que na realidade seria o 6º porque existe a garage e o play. Não sei qual é o seu fruto, mas além dele, ela dá um outro. Abriga centenas de pássaros cantores que anunciam o alvorecer. Quem será o maestro de tão afinada orquestra? E eles cantam uma sinfonia louvando ao Senhor da Vida por mais um dia que nasce com todas as graças da natureza, na qual Deus se revela de forma natural. Eles cantam e encantam por um longo tempo. Depois vão diminuindo as vozes, talvez por cansaço ou porque a partitura acabou. E aí dão a vez ao astro-rei, o sol, que com seu brilho, sua luz, seu calor, tudo ilumina dando vida a este planeta, a Mãe Terra, tão maltratada pelos homens que não tem consciência, que o amor tem que ser cultivado, cuidado e expressado através de gestos, com responsabilidade e compromisso, porque senão um dia o amor acaba e no amor natureza não existe perdão.

Será que eles cantam todos os dias ou será que há recitais programados? Eu sei que foi a 1ª vez que os escutei. Como o ser humano é frágil e limitado! A natureza nos fala, Deus nos fala, os homens nos falam e a gente não os escuta. Estamos vivos, mas ausentes desta comunhão maior. Precisamos abrir os nossos olhos, os nossos ouvidos, o nosso coração para entrar realmente, plenamente, na vida verdadeira e enfim usufruir desta felicidade evangélica:

“Bem aventurados os que tem abertura de coração porque

verão as maravilhas que Deus faz para cada um de nós, seus filhos amados”!