Odoro
Naquela tarde, Felipe trouxe uma novidade para Pedro, seu filho. Mal podia segurar a ansiedade por ver sua reação ao presente que trazia numa caixa no banco ao lado. Enquanto dirigia, olhava de vez em quando para a caixa que balançava ao lado e sorria, antevendo a expressão do filho. Pedro tinha dois anos, era esperto, com uma saudável necessidade de correr, pular e fazer intermináveis perguntas que sempre carregavavam muitos "por quês"! Sorriu imerso em pensamentos agradáveis e estacionou em frente à casa. Desceu com a caixa nas mãos segurando forte. Abriu a porta e entrou. Pedro veio correndo e gritando "papai, papai" e olhando a caixa perguntou: "Que é isso papai"? Felipe soltou a caixa com cuidado no chão e disse: "Abra"! Ele abriu curioso e um cãozinho pulou abanando o rabo. Ele saiu cheirando tudo e Pedro corria atrás feliz. Ana veio da cozinha e sorriu ao ver o cachorrinho que tentava descobrir onde estava. Pedro corria atrás tentando pegá-lo!
Ana segurou o cãozinho carinhosa e perguntou: "Como vamos chamá-lo"? Pedro parou como lembrando de algo e ergueu o rostinho interrogando. "É mesmo! Ele precisa de um nome"! Falou Felipe. Os olhos azuis passavam do pai para a mãe, esperando que eles dissessem um nome para o cachorrinho. Felipe já tinha pensado no nome e faou:" Que tal Teodoro"? Disse olhando para Pedro que sorriu e voltou a correr atrás do agora, Teodoro, gritando: "Odoro, Odoro"!
E foi assim que Teodoro passou a fazer parte da familia. Adaptação perfeita, Teodoro parecia saber que ali estava um jeito de ser feliz. Pedro chamava "Odoro" ele vinha sacudindo o rabinho.
Um dia, o irmão de Ana foi visitá-los e Pedro estava sentado jantando com o Teodoro deitado ao lado da cadeira. Ele se agachou e fazendo um carinho no cachorrinho perguntou para Ana: "Que bonitinho, como é o nome dele"? Ana respondeu: "Teodoro'"!
Pedro ergueu os grandes olhos azuis e disse indignado:"TeuOdoro, não! É MEU Odoro"! Depois de muitas risadas, ficou decidido em definitivo: O nome do cãozinho era Odoro!