O TEMPO CHAMADO "HOJE"

Estou vivendo um momento delicado da minha vida. Não sei a causa de tudo que sinto e nem preciso saber, porque somos pessoas complexas que acumulamos ao longo do tempo, angústias, mágoas, tristezas, cansaços... Mesmo sabendo que não devemos fazê-lo, o nosso coração não nos obedece e fala mais alto que a razão.

Já me senti assim outras vezes. E graças a Deus consegui me recuperar. Por isso quando estou bem, eu sempre agradeço a Deus, valorizando este “tempo” maravilhoso da ação, da participação, do conviver e do bem-estar.

Mas hoje meu “coração” está engessado. Não o físico é claro, mas o coração do sentimento, do equilíbrio, da harmonia. Ele sofreu uma contusão. Ele está fragilizado. Precisa de repouso para se recuperar, para colar as fissuras. Repouso de emoções fortes, repouso do estresse do dia-a-dia, repouso de fazer muitas coisas. Repouso de ser “aquela pessoa” criativa, perfeita, responsável...

Preciso reavaliar o caminho. Fazer novas escolhas. Deixar coisas por fazer. Ver o tempo passar. Entrei para o time do “Nadismo” que é uma filosofia nova de vida. É você relaxar de verdade, não descansar lendo ou costurando ou vendo televisão. Preciso de férias verdadeiras. É difícil acostumar à nova rotina. Saber dizer não. Fechar um ciclo e começar outro. Fazer coisas novas, diferentes. E acreditar que o tempo cura todas as nossas mazelas. Que as sementes plantadas ao longo do caminho vão germinar um dia, apesar de tudo.

Acreditar que Deus conduz a nossa vida. Que Ele, o nosso Cirineu, nos ajuda a carregar a cruz. Deixarmo-nos barro, na mão do “Grande Oleiro” para que Ele faça um novo molde, um novo vaso...

Para concluir: Quem vive o mistério de Cristo não pode considerar insignificante nem a si mesmo, nem aquilo que faz.

Quer no trabalho, no estudo, no lazer, na oração, no sofrimento ou no descanso, entramos em sintonia, em comunhão com o universo inteiro que revela a amável presença do Criador.

Obrigada a todos, pela paciência por este tempo...

Em, 12 de fevereiro de 2009, Terezinha