O peido (republicação)
Esta crônica é uma republicação, devido ao tema ser sempre atual e presente na vida de todo muundo que tenha um cú! peço que a leiam e certifiquem-se de sua total insignifiância, e de tudo o que há!
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Juro! Foi com um primo de um amigo meu, trata-se de um “ouvir dizer”, nada comigo, só estou contando...
O homem sentia uma imensa vontade de peidar, espremido numa poltrona de avião, do seu lado viajava um casal baiano, mulatos apaixonados com as mãos entrelaçadas. À sua esquerda uma loira rica e maquiada, vestia uma camisa Lacoste branca de algodão, parecia muito concentrada nela mesma...
Atrás, à frente, havia passageiros e tripulantes bonitas e sorridentes, com uniformes bem ajustados em seus corpos morenos.
O peido era inevitável! Disso, o homem tinha certeza, porém, soltá-lo ali seria um vexame! Iria ferir sua imagem correta e compenetrada, foi então que lembrou-se de fazer uso da intrigante técnica de controle anal pleno, através de exercícios aprendidos da cultura Oriental, em que contraía os músculos retais à exaustão, chegando assim, à total fruição gasosa, o volume do peido era dividido em “mini peidos”, que desta forma não exalavam todo o calor pútrido de sua essência. É bem verdade, que demorou-se uns quinze minutos neste processo, sem conseguir aliviar-se plenamente, mas a sua honradez e probidade continuavam intactas e perfumadas.
Espiava até com certo orgulho a loira dormindo tranquilamente, com um sorriso branco nos lábios, respirando o ar condicionado das aeronaves....
Chegando ao banheiro do aeroporto para lavar as mãos, deparou-se com um cartaz colorido onde se liam dicas de como lavá-las corretamente: esfregando o dorso, a palma, a ponta dos dedos, as unhas, até os punhos! Isso lhe era utilíssimo naquele instante, à medida que contribuía com seu transtorno obsessivo compulsivo por lavar as mãos, fazia-o sempre para livrar-se de terríveis vírus que sofrem mutações a cada minuto, ficando cada vez mais resistentes à limpeza e doidos por atacar-nos!!!
Aí na vez de secá-las alegrou-se com a preocupação ambiental da empresa que fabricava as folhas, leu o aviso: “Apenas 2 folhas são capazes de secar-te”, puxou então, duma só vez todas (as 2) – e constatou em alta voz: “Secar-me-iam! Se não dissolvessem como rosbifes na frigideira!