Resgatando a história dos Heróis ..

Relembro me bem daqueles dias, após haver ingressado no Exército, já fizeram se dois anos de toda a adaptação e aprendizado.

Dia 21 de Fevereiro comemoração da Tomada de Monte Castelo, dirigíamos nós a Praça do Expedicionário participar da solenidade de comemoração dos 73 Anos da vitória em combate. A batalha ocorrida no Sudoeste de Bolonha na Itália havia custado a vida de cerca de 417 combatentes, entre mortos e feridos. Sendo um sangrento combate que se arrastara por cerca de três meses, com um número de 4 derrotas ao total de seis investidas da Força Expedicionária Brasileira, na 2° Guerra Mundial, visando apoiar as tropas americanas. Atuando em todo o território Italiano cerca de 25,000, militares foram enviados a Europa a fim de combater a Alemanha Nazista, de Hitler em aliança com o primeiro-ministro italiano Benito Mussolini. Muitos jovens deixando suas famílias para trás buscando lutar por valores e ideias de democracia e liberdade, sendo exemplo de, abnegação e conquista.

Tive a imensa gratidão de ter a oportunidade de conhecer alguns dos ex-combatentes. Já em idade avançada, sempre houve uma inter-relação entre suas histórias e a comoção, ao contarem as suas odisseias italianas, soavam como histórias de grandes heróis e símbolos nacionais. Instigando a imaginação fértil de muitos em tentar recriar aquelas conquistas dentro do imaginário, com os já envelhecidos “pracinhas”, que em nada aparentavam a sua idade biológica a medida em que desenvolviam os seus relatos. Sendo também uma hora aonde gerações se confrontavam e buscavam extrair para cada um, as lições aprendidas sobre um dos maiores males que já houve assombrado o mundo, a guerra.

Diante de tudo isso, deparei me com diversas mídias na mesma época a omissão, em publicações que resgatassem a memória dos acontecimentos que marcaram a história do Brasil no período de guerra. Voltando me a analisar as propostas tanto, da imprensa, quanto das mídias online, deparei me, com diversas ênfases em programas televisivos, tais como o “Big Brother Brasil”, com o oferecimento de temáticas em pauta, como discussões sobre pernalidades de candidatos, e preferências nacionais por determinados tipos de participantes do programa. Além das maneiras de entretenimento enfatizadas pelo programa, como festas, competições, relacionamentos amorosos, rivalidades, e discussões sobre sexualidade, entre membros da casa num confinamento monitorado 24 horas por dia.

Propus me a analisar o pleito, da seguinte questão: Porque em nosso país cada vez mais, a uma enorme perda da memoração de fatos e identidades históricas, em contra partida um enorme anseio coletivo em referenciar e criar vultos nacionais em cima da mídia e programas televisivos?

Escrevi esse texto há alguns anos atrás, não mensurava o cenario politico brasileiro que nosso país enfrentaria, digo com otimismo hoje, caminhamos para um novo periodo, onde reescreveremos nossa história, resgatando valores, vultos e hérois nacionais. “UM NOVO TEMPO..”