Gota d'água
Chovia as horas iam como um goteja de uma goteira no telhado, de tão entediado fez da contagem das gotas o seu passa tempo, mas ao contrário da chuva que outrora caia tempestuosa mente e deixou o chão molhado como cartão de visita deixado em um balcão como um sinal, de que esteve ali, e agora não mais.
O tempo parecia estático, ao ponto de ter a impressão de que o relógio da parede andará para trás, a ansiedade bailava ao bumbo da frenética arritmia cardíaca, ao ponto que seus pensamentos já havia dado duas voltas ao mundo e declamasse em alto som, o Tom e toda a conversa que ele há semanas ensaira para impressiona-la.
Por inúmeras vezes um receio em forma de suor frio percorreu o seu rosto, temendo que ela não viesse , que acontecerá algo, que a desviasse do caminho, ao qual ele sabia a quantidade de árvores e passos do ponto "A" ao ponto "B".
Horas e dias se arrastaram até chega esse dia, temas a respeito desse encontro povoaram o seus sonhos nas últimas noites.
Ela realmente era um sonho e ele por mais astuto e até mesmo sábio em muitos assuntos, diante dela se tornava como um tolo menino.
O amor tem o poder de quebrantar o mais viril dos corações e acalentar tornando o em um cego apaixonado, e com ele que já nem era duram, pelo contrário fazia versos, cantarolava durante o dia, e como a facilidade de um rio que nasce e desce a montanha brotava um sorriso em seu lábios.
Mas o temor da rejeição dela o ver como ele o via era de esfriar a espinha, - Oras o que ela poderia ver em mim o que poderia a atraí lá, o arrependimento já deve ter vestido ela como uma mãe involcra protegendo a sua cria do frio.
Pensou, pensou e deixando de lado a coragem e toda a história e fatos que ocasionará esse encontro, temeu e temendo racionalmente desistiu e se perdeu e saltou do vagão que trilha a o caminho pavimentado da espera.
Enquanto isso ela que também ansiosamente o encontro , vestindo e trocando de roupa e maquiagem, foi ao encontro, de quem de tanto temer, perdeu e feriu a quem outrora se propusera amar.
Como gota d'água se atirando ao chão, o que era palpável como o travesseiro que ele se renconstava e chorava, se tornará apenas um sonho do que era certo seria.
C.A.Martins