CASTRO ALVES: OS GRANDES:
OS GRANDES
Pequenos são os que se acham grandes
Que assinam projetos para construções de avenidas
E os mesmos não saem do papel
Grandes são os tachados como pequenos
Que não tem o poder de mandar construir nada
Mas que cansados de pisar na lama, com o resto de areia
de sua obra, que sobra, cobrem os buracos da estrada esburacada
Grandes são os vaga-lumes
que iluminam as noites sem cobrar um tostão
Os que dividem o pão, os que estendem as mãos
Grandes são os grilos que fazem de graça, a serenata para a bicharada na mata
Pequenos são os que vendem a palavra de Deus
Que pregam o correto, e praticam o pecado
Grandes são os que plantam sementes, para que o outro possa os frutos colher
Pequenos são os que passam horas a se pronunciar
Mais que não conseguem se fazer entender
Os que não matam a fome, os que matam de fome os que nada tem para comer
Pequenos são os que conhecem os caminhos da vitória
E que os guardam para sua gloria, e nada sabem dividir
Grandes são aqueles que são julgados como pequenos
Cujo deles lhes tirão o poder e a razão
Porem com sua grande capacidade de união
Unidos constroem essa nossa nação.
Grande foi Castro Alves que poetizou contra a escravatura
Que com sua poesia bateu de frente com à aristocracia
Torno a dizer
Grandes são aqueles que são julgados como pequenos
Cujo deles lhes tirão o poder e a razão
Porem com sua grande capacidade de união
Unidos constroem essa nossa nação.
Igor Rodrigues Santos