Literatura e o politicamente correto

Estive conversando com um conhecido que é ocão chupando manga no que diz respeito à literatura. É um expert, mas não possui nenhuma vaidade e nem é amostrado. Além disso tem uma paciência de chinês para tirar dúvidas e esclarecer os que são mobral na matéria, meu caso.

Na última conversa que tivemos, quando perguntei se a literatura podia se submeter à cartilha do politicamente correto, ele afirou que se acontecesse isso não seria literatura porque a literatura, principalmente as grandes obras, são diametralmenete opostas à camisa de força do poiticqmente correto. Que a litratura tinha que ser livre de qualquer tipo de esquema ou dogma. Ele ilustrou o que estava dizendo mostrando, estava na casadele, o início de dois romances. O primeiro de Carlos Heitor Cony, "O Ventre"e o segundo, de Nabocov, "Lolita".

Cony: "Positivamente meu irmão foi acima de tudo um torturado. sua tortura seria interessante se eu a explorasse com critério - mas jamais me preocupei com problemas do espírito. Belo para mim é um bife com batata fritae um par de coxas macias".

Nabocov: "Lolita, luz de minha vida, labareda e minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três dentes pelo céu da boca que tropeça de leve no terceirto, contra os dentes: lo li ta".

Acho que o cara tem razão. Mas com a nova filosofia do novo governo esse tipo de literatura vai ser cassada. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/02/2019
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