CRIPTOGRAMA.

Entre Bits and Bytes, perdeu-se a configuração da linguagem codificada. Perdeu-se a conexão da leitura dos códigos. Símbolos sem sentido embaralham a leitura, desafiam a inteligência, aguçam a curiosidade. Pane no sistema. Nada funciona, nada dá sequência à conectividade. Fios e fios desafiam a recepção dos sinais. Terá sido providenciado um backup das mensagens mais importantes? Será que não ficou absolutamente nada na memória? Perdeu-se tudo? Toda a programação de um futuro onde bits and bytes equivalem às batidas do coração? Ainda não evoluímos a esse ponto, onde uma inteligência artificial possa substituir sentimentos e emoções. Santa involução. Nenhuma máquina substitui a leitura dos olhos. Máquina nenhuma substitui a sensação do toque de pele com pele. Máquina nenhuma leria e entenderia mensagens carregadas de significados, como faz você, o leitor, o decodificador de mensagens subliminares. A inteligência artificial pode nos ajudar em incontáveis situações. Mas ainda não inventaram robôs capazes de decodificar sentimentos por meio de uma simples ou complicada sequência numérica onde friamente são programados para esse fim. Ainda não inventaram uma máquina, onde a conectividade se dá independente de fios. E aproxima tão fortemente os “bits e bytes” dos corações que batem e batem, mesmo na distância, mesmo na ausência, na mesma sequência, na mesma frequência e na mesma sintonia.

Elenice Bastos.