Cascatear centelhas

Concordo que sou um cara quase sem noção devido a minha insistência com as maltraçadas sobre causos e coiss do passado. Sei que alguns jpa devem estar de saco cheio com essa mania de martelar nesse samba de uma nota só. Mas, por outro lado, pra que falar em eliçõs de câmara e senado? Pra que perder tempo com a politicalha? Estoupelo gogó com esse assunto. Prefiro meu sambinha do passado.

Numa convera com um grande amigo, ainda mais véio do que eu (juro), mas muito mais disposto e co muito mais saúde, ele me contou algo que goostei demais. É que ele chegou a conhecer um jornalista pesqueirense que também era rábula na advocacia. Mas, mesmo sem anel e canudo de papel, era o melhor advogado do interior. Era Peixoto Sobrinho, Um figuraça, só andava com cachecol no pescoço, boina, paletó e uma bengala. Era o rei do juri. Juntava gente quando ele falava no juri. Ele ilustrava as defesas com frases e versos. Nua das defesas, ele, de repente, olhou para os jurados e disse ua frase qur ficou na memória popular: "Senhores, há momento na vida que o hoem precisa cascatear estrelas!". Todos bateram palmas, mesmo sem entender direito a metáfora de Peixoto.

Noutro juri, defendendo um réu acusado de crime passiaonal, um caso difícil, ele no meio do discurso, quando começou a explorar o tema do amor, meteu uma frase oética e absurda: "Se teu corpoé um cemiterio aberto, vamsos fazer o enterro do pecado". Arrasou, e absolveu o réu.

Hoje não há mais os grandes oradores dos juris, a mediocridade dá as cartas e joga de mão. Sinto não ter cnhecido Peixoto Sobrinho. Adoraria ter batido alguns papo com ele, gsto desse tipo de orador popular e culto, mesmo com frases absurdas. Inté.