Voltei, devagar, devagarinho...

Pois é, estou de volta ao meu exílio no Recife, depois de passar 30 dias em Pesqueira, a Ororubá, Lendária e Eterna. Detalhe: sem rádio, sem telefone, sem televisão e, claro, sem internet. Sem tampouco ler jornal.

Fui recarregaras baterias, retemperar as forças, aplacar as saudades. Adorei. Mas, infelizmente, assim que cheguei peguei ua gripe danada, não sei como não virou bronquite. Passei oito dias de cama. Motivo: não tomei a tal vacina. Mais: a casa estava fechada há basyante tempo, estva comaquele cheirinho, tão ligados? Mais: havia uma construção por detrás da minha casa. Tive que recorrer aos antióticos, chás, sopinha de galinha, papinha. Mas devido aos remédios e aos cuidados de Dona Nice, consegui me levantar e ainda cutir um pouco das férias. Comi muita coisa boa, tomei umas lapadas, atualizei o papo, ouvi os mais recentes fuxicos e boatos, além das mentiras cabeludas, enfim, aproveitei bem minha estada na terrinha.

Só uma coisa me deixou triste: estão acabando com a memória da cidade, acabando casas antigas e transformando em lojas com porta de ferro. Também chca saber que pessoas que conhecemos partiram. R que muita gente está aderindo ao modismo e jogando a memória municial,o folclore, as pevciliaridades na lata do lixo. Dói paca.

Mas valeu a visita, sei que vou vltar, ora se vou. Sou um homem do interior. Um matuto. Voltei, hermanas e hermanos, mas devagar, devagarinho, sob supervisão da muher, ainda tô meio fraco. Mas bola pra frente. A esperança éo sonho do homem acordado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/02/2019
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