A Sombra...(Sr. P)

Sr.P. Inicia mais um dia como todos os outros de sua fatídica rotina, se levanta apos o toque de seu despertador, se senta a beira da cama, 5 minutos para pensar se realmente esta desperto, se levanta, escova seus dentes, lava seu rosto, coloca sua roupa para o trabalho, social típico, terno, gravata, incômoda inclusive, ele sempre a acha sufocante. Não toma café em casa, para ele é perda de tempo, prefere tomar na rua mesmo, pega sua maleta e sai para o trabalho. As ruas ainda estão vazias e escuras em seu caminho a estação de trem, Sr.P. faz sempre o mesmo caminho, mas hoje ele se sente incomodo, sente algo o observando de uma esquina, ele tenta enxergar mas nada vê, a sensação continua a mesma, algo parece estar a espreita na esquina seguinte, mas Sr. P não vê nada, na próxima a sensação se repete, e se segue assim por mais 6 quarteirões, depois do segundo Sr. P já se vê a passos rápidos e largos e mal olha para os lados, parece que a coisa o esta seguindo. Chega a estação, pega seu trem, e procura esquecer aquilo, trem cheio, algo insuportável, mas há espaço, rotina fatídica, muitas estações depois, chega a seu destino, mas aquela sensação de estar sendo observado não vai embora. A multidão sai do vagão, ao sair olha seu reflexo na janela do trem e por uma fração de segundos não se vê, deve ser o sono ainda atrapalhando sua mente. Chega ao trabalho, Sr P trabalha num escritório, fazendo cobranças, (cheio de pessoas inúteis), rotina fatídica, ele sabe que seu trabalho é inútil, sabe que suas cobranças nunca serão sanadas, que seja (isso vai mudar), não é pra ele mesmo. Telefones não param de tocar, barulho insuportável, em seu pequeno cubículo está seu telefone e seu computador, ao fim do dia ele precisa ser desligado, o faz e espera, os programas se fecham e o PC desliga, Sr. P percebe pela sua tela que algo o espreita do cubículo de seu companheiro de trabalho da mesa de traz, mas ele percebe que não é seu companheiro, ele mal vê o que é aquilo, se assusta e a sensação retorna, vai embora o mais rápido possível, ja é noite novamente, Sr. P mal vê a luz do sol no dia a dia. Chega em casa e faz sua rotina contraria a matinal, depois apaga as luzes se deita e tenta dormir, depois de muito tempo ele sente que algo esta no canto de seu quarto, o observando, fixamente, agora ele pode ver a criatura, o que ele acha impossível, o quarto esta escuro, mas mesmo assim ele vê uma silhueta, no canto de seu quarto, temeroso ele questiona:

- Quem é você ? O que quer de mim ?

A criatura responde, sua voz é como o eco em meio a uma floresta silenciosa, firme mas ao mesmo tempo como um sussurro:

- Eu sou o que você mais teme, alguns podem me chamar de sóciopatia, Psicopatia, crueldade, morbidez, mas eu sou você, me escondia neste quarto a muito tempo, este que na verdade é sua mente, e não seu quarto de verdade, sempre estive aprisionado aqui, mas agora estou liberto, não serei mais sua sombra, perdida em sua mente evitando o mundo externo, a partir deste momento quem impera sou eu, eu estou no comando...

L Porozhniy
Enviado por L Porozhniy em 02/02/2019
Reeditado em 02/02/2019
Código do texto: T6565119
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