PERISCÓPIO
Abro o Periscópio IV, falando do senhor Tony Blair e de sua digníssima consorte, a senhora Cherie.
Não, não, o Blair não está querendo voltar ao governo do Reino Unido, de onde foi exotado pela sóbria e sábia opinião pública do seu país, não faz muito tempo.
Querem saber o que aconteceu com esse distinto casal? Ele e ela apareceram nus! Calma, pessoal, mas num quadro de mister Michael Sandle, um famoso artista britânico.
A notícia, veiculada pelo Portal da Globo - www.G1.com.br - , esclarece que se trata de um desenho "em carvão e em forma de tríptico", ou seja, "um painel dividido em três partes".
O quadro traduz a indignação de Micael Standle com a presença das tropas inglesas no Iraque, responsabilizando Blair por esta aventura bélica que, como já se sabe, não está dando certo.
E não pense o meu tolerante leitor que a obra atrevida do Michael ficará escondida em algum sotão londrino: ela será uma das atrações da Royal Academy of Arts de Londres.
Comecemos pela terceira parte do painel. Ele mostra um amontoado de cadáveres iraquianos junto ao gabinete do ex-primeiro-ministro.
Na segunda parte, Michael retrata soldados da Raínha massacrando civis iraquianos indefesos. E não mentiu.
Agora a primeira parte: Blair e Cherie deixam a residência oficial de Downing Street. Aparecem nus, com as mãos cobrindo suas partes íntimas.
Neste particular, a intensão do pintor, comenta o Portal, seria lembrar a a expulsão de Adão e Eva do Éden.
Acho que todos se recordam, que estudos realizados, admitiram, que se o Paraíso Terrestre, de fato, existiu, ele teria ocupado a área mais bonita do atual Iraque.
Pena que o quadro do Standle, 71 anos, só apareceu depois que os americanos, do Norte, enforcaram o Saddan Hussein.
Se o sanguinário ditador sunita estivesse vivo, o carvão do Michael Standle o faria dar boas risadas.
Mesmo confinado na sua cela de preso político, vigiado, dia e noite, pelos soldados iraquianos, perdão, americanos, todos de olhos no petróleo do Oriente Médio.
Será que os Estados Unidos têm um artista com o vislumbre e a coragem do pintor Standle? Se tiver, o W. Bush e a dona Laura que se cuidem...
*** *** ***
Você beberia café fabricado à base de fezes de um animal? Essse tipo de café, dirão alguns dos meus poucos leitores, que "não existe e nunca existirá". Pois existe.
E foi vendido, recentemente, a peso de ouro, ou seja, por R$1 500,00, o quilo. Querem saber onde? Em uma badalada cafeteria de São Paulo! Sim, em Sampa!
Não se aflija o distinto leitor: o animal, de cujas feses são recolhidos os grãos, não é um desses pitbulls que, com a benevolência dos seus donos, andam mordendo o incauto cidadão e emporcalhando as ruas das cidades; nem uma jaguatirica que vive fugindo do predador infeliz, na floresta amazónica; ou, finalmente, de uma dessas enormes e traiçoeiras sucuris que sobrevivem, em rastejos sutis, no nosso Pantanal.
O bicho é de muito longe; ele é da Indonésia, e atende pelo imponete nome de luwak.
Redijo este tópico, vendo-o, através de uma foto que o Portal da Globo - de onde tirei esta notícia - usou para ilustrar sua interessante matéria.
Portanto, senhores grã-finos - sim, porque a xícara foi vendida a R$20 cada - se vocês desejarem provar desse estranho café, peça-o assim: Um Kopi Luwak, por favor! E não esqueçam de conferir o selo de garantia e a validade do produto, para evitar o café fabricado à base de fezes falsificadas...
*** *** ***
Por último, o Brasil no exterior. Não vou me referir ao Presidente Lula, que adora um périplo pelas "orópas".
Agora mesmo, ele foi visto desfilando a bordo de carruagens norueguesas e finlandesas. No mesmo momento, cá, no Brasil, os "companheiro" , pobres, morriam, passageiros de macas acabadas e fétidas... Deixo, porém, este assunto para o impagável Macaco Simão, ou pro Arnaldo Jabor.
Quem já foi a Bruxelas, viu um garotinho de bronze, de 55 centímetros, nuzinho, que faz xixi desde 1747, em umas das praças, ou rua, da bela capital belga.
É o Manneken-Pis, símbolo da cidade.
Não é que, de repente, ele apareceu ventindo um abadá da capoeira? Não foi por sacanagem que o fantasiaram assim.
Fizeram-no capoeirista, para que ele divulgue o Brasil, enquanto, em Bruxelas, se realiza a Bienal de Artes Pláticas Brasileira. Acharam os idealizadores do evento, que pôr "um traje típico brasileiro" no Manneken, seria uma boa. Repito: "um traje típico brasileiro".
No meu modesto modo de entender, o senhor Walter Elias Disney, o festejado Walt Disney, foi mais criativo quando quis divulgar e homenagear o Brasil: vestiu um papagaio de sambista e lhe deu o nome de Zé Carioca.
Que melhor fala do Brasil lá fora do que o samba e (ainda) o futebol?
Porque, então, não vestir o simpático garotinho de Bruxelas com uma camisa da seleção brasileira de futebol?
O problema estaria na hora de escolher o número da camisa, dada a carência de craques que lembrem Gilmar, De Sordi e Belline - Zito, Orlando e Nilton Santos - Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo. Opa! Terminei escalando a Seleção (1958) do Feóla. É que ainda não consegui esquecê-la.
Pena que o Manneken não seja uma mocinha. Se menina fosse, eu não hesitaria em sugerir à Bienal que lhe entregasse a camisa da extraordinária atacante Marta, no momento a mais digna representante do futebol - maculino e feminino - do Brasil.
Marta faz a gente lembrar do tempo em que só vestia a camisa canarinha o jogador que trazia, como disse, acho que o Nelson Rodrigues, "a Pátria no bico da chuteira". Té a próxima.
Abro o Periscópio IV, falando do senhor Tony Blair e de sua digníssima consorte, a senhora Cherie.
Não, não, o Blair não está querendo voltar ao governo do Reino Unido, de onde foi exotado pela sóbria e sábia opinião pública do seu país, não faz muito tempo.
Querem saber o que aconteceu com esse distinto casal? Ele e ela apareceram nus! Calma, pessoal, mas num quadro de mister Michael Sandle, um famoso artista britânico.
A notícia, veiculada pelo Portal da Globo - www.G1.com.br - , esclarece que se trata de um desenho "em carvão e em forma de tríptico", ou seja, "um painel dividido em três partes".
O quadro traduz a indignação de Micael Standle com a presença das tropas inglesas no Iraque, responsabilizando Blair por esta aventura bélica que, como já se sabe, não está dando certo.
E não pense o meu tolerante leitor que a obra atrevida do Michael ficará escondida em algum sotão londrino: ela será uma das atrações da Royal Academy of Arts de Londres.
Comecemos pela terceira parte do painel. Ele mostra um amontoado de cadáveres iraquianos junto ao gabinete do ex-primeiro-ministro.
Na segunda parte, Michael retrata soldados da Raínha massacrando civis iraquianos indefesos. E não mentiu.
Agora a primeira parte: Blair e Cherie deixam a residência oficial de Downing Street. Aparecem nus, com as mãos cobrindo suas partes íntimas.
Neste particular, a intensão do pintor, comenta o Portal, seria lembrar a a expulsão de Adão e Eva do Éden.
Acho que todos se recordam, que estudos realizados, admitiram, que se o Paraíso Terrestre, de fato, existiu, ele teria ocupado a área mais bonita do atual Iraque.
Pena que o quadro do Standle, 71 anos, só apareceu depois que os americanos, do Norte, enforcaram o Saddan Hussein.
Se o sanguinário ditador sunita estivesse vivo, o carvão do Michael Standle o faria dar boas risadas.
Mesmo confinado na sua cela de preso político, vigiado, dia e noite, pelos soldados iraquianos, perdão, americanos, todos de olhos no petróleo do Oriente Médio.
Será que os Estados Unidos têm um artista com o vislumbre e a coragem do pintor Standle? Se tiver, o W. Bush e a dona Laura que se cuidem...
*** *** ***
Você beberia café fabricado à base de fezes de um animal? Essse tipo de café, dirão alguns dos meus poucos leitores, que "não existe e nunca existirá". Pois existe.
E foi vendido, recentemente, a peso de ouro, ou seja, por R$1 500,00, o quilo. Querem saber onde? Em uma badalada cafeteria de São Paulo! Sim, em Sampa!
Não se aflija o distinto leitor: o animal, de cujas feses são recolhidos os grãos, não é um desses pitbulls que, com a benevolência dos seus donos, andam mordendo o incauto cidadão e emporcalhando as ruas das cidades; nem uma jaguatirica que vive fugindo do predador infeliz, na floresta amazónica; ou, finalmente, de uma dessas enormes e traiçoeiras sucuris que sobrevivem, em rastejos sutis, no nosso Pantanal.
O bicho é de muito longe; ele é da Indonésia, e atende pelo imponete nome de luwak.
Redijo este tópico, vendo-o, através de uma foto que o Portal da Globo - de onde tirei esta notícia - usou para ilustrar sua interessante matéria.
Portanto, senhores grã-finos - sim, porque a xícara foi vendida a R$20 cada - se vocês desejarem provar desse estranho café, peça-o assim: Um Kopi Luwak, por favor! E não esqueçam de conferir o selo de garantia e a validade do produto, para evitar o café fabricado à base de fezes falsificadas...
*** *** ***
Por último, o Brasil no exterior. Não vou me referir ao Presidente Lula, que adora um périplo pelas "orópas".
Agora mesmo, ele foi visto desfilando a bordo de carruagens norueguesas e finlandesas. No mesmo momento, cá, no Brasil, os "companheiro" , pobres, morriam, passageiros de macas acabadas e fétidas... Deixo, porém, este assunto para o impagável Macaco Simão, ou pro Arnaldo Jabor.
Quem já foi a Bruxelas, viu um garotinho de bronze, de 55 centímetros, nuzinho, que faz xixi desde 1747, em umas das praças, ou rua, da bela capital belga.
É o Manneken-Pis, símbolo da cidade.
Não é que, de repente, ele apareceu ventindo um abadá da capoeira? Não foi por sacanagem que o fantasiaram assim.
Fizeram-no capoeirista, para que ele divulgue o Brasil, enquanto, em Bruxelas, se realiza a Bienal de Artes Pláticas Brasileira. Acharam os idealizadores do evento, que pôr "um traje típico brasileiro" no Manneken, seria uma boa. Repito: "um traje típico brasileiro".
No meu modesto modo de entender, o senhor Walter Elias Disney, o festejado Walt Disney, foi mais criativo quando quis divulgar e homenagear o Brasil: vestiu um papagaio de sambista e lhe deu o nome de Zé Carioca.
Que melhor fala do Brasil lá fora do que o samba e (ainda) o futebol?
Porque, então, não vestir o simpático garotinho de Bruxelas com uma camisa da seleção brasileira de futebol?
O problema estaria na hora de escolher o número da camisa, dada a carência de craques que lembrem Gilmar, De Sordi e Belline - Zito, Orlando e Nilton Santos - Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo. Opa! Terminei escalando a Seleção (1958) do Feóla. É que ainda não consegui esquecê-la.
Pena que o Manneken não seja uma mocinha. Se menina fosse, eu não hesitaria em sugerir à Bienal que lhe entregasse a camisa da extraordinária atacante Marta, no momento a mais digna representante do futebol - maculino e feminino - do Brasil.
Marta faz a gente lembrar do tempo em que só vestia a camisa canarinha o jogador que trazia, como disse, acho que o Nelson Rodrigues, "a Pátria no bico da chuteira". Té a próxima.