Gol, a União faz a força.
Uma bola é redonda como o mundo. Um mundo que se integra em um grande jogo. Um jogo, não de interesses, mas emoções. Uma emoção que todos sentem em noventa minutos de um bom futebol. Um futebol que une, mas que também divide dois rivais. Uma rivalidade que engrandece o torneio e faz tudo ter um motivo. Um motivo que não é a vitória, mas também não é a derrota. Uma derrota que faz doer. Uma dor que arranca dos olhos entristecidos uma lágrima de decepção. Uma decepção que não é constante e dura até a próxima vitória. Uma vitória que gera medalhas. Uma medalha que representa um símbolo. Um símbolo que é a felicidade solidificada em ouro, êxtase total, prata e bronze. Um bronze que até, às vezes, vem um pouco amargurado. Uma prata, que é quase um ouro. Um ouro que é muito desejado e invejado, que brilha como o sol diante dos olhos dos atletas. Um atleta que luta, que sofre, que perde, que vence, que sua, que busca, que chora. Um choro de tristeza ou de alegria, por se ter desperdiçado ou alcançado um objetivo. Um objetivo que é a conquista, mas também a integração. Uma integração de um povo sofrido, que precisa de algo para comemorar. Uma comemoração de um gol, de um ponto de saque, de um salto, de um cruzamento da linha de chegada. Uma chegada que custa a chegar, mas também chega em um segundo. Um segundo que faz falta na natação, que se quebra em milésimos. Um milésimo de sofrimento ou virtude. Uma virtude de se comemorar a conquista de mais um jogo. Um jogo com gostinho de sonho. Um sonho olímpico. Uma olimpíada que une até quem está do outro lado do mundo. Um mundo que é redondo. Redondo como uma bola.