A POPULAÇÃO SÓ QUER SABER DE UMA COISA: QUEM PAGARÁ ESSA CONTA?

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Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2019

Em notícias e reportagens que aconteceram ontem, uma delas despertou-me bastante atenção. Foi a que a Vale desmontará as outras barragens existentes nas regiões em que executa o serviço de extração de minério, haja vista que a metodologia empregada para a contenção desses dejetos, não oferece a condição perfeita e segura em sua manutenção.

Foi necessário que ocorresse duas grandes tragédias, envolvendo mortes de muita gente e destruição das áreas adjacentes, com verdadeira degradação da natureza locais, para que esta empresa se voltasse para as regras corretas desse tipo de operação. E isso só pode ser considerada pura gozação.

E a quem eles pensam que enganarão de novo? Oras, esse tipo de manobra, no atual estágio que se formou, fica quase que inviável e impossível tal realização, porque o que será feito dos resíduos ali existentes, bem como onde serão colocados os mesmos se retirados dos atuais locais?

A princípio, como a operação de mineração já é muito comum no mundo, a Vale deveria copiar os métodos de outras mineradoras estrangeiras, sem buscar inventar riscos, bem como fugir à metodologia deles e de desrespeitos à população brasileira nessas regiões onde atua.

Mas não há como deixar de se atribuir a culpa de tanta sacanagem a não ser ao próprio Estado, que possui gente para fiscalizar tais tipos de operações e serviços, mas parece fazer vista grossa à tanta barbaridade, permitindo ações desse tipo que acabam por colocar em risco as regiões onde esta atividade se desenvolve, bem como a destruição delas e com consequentes riscos às populações dessas áreas.

Depois dessas ocorrências de Mariana e Brumadinho, a Vale já deveria ser encampada pelo governo brasileiro, por conta de tanto prejuízo causado ao Estado, bem como às regiões onde atua. Posteriormente tal empresa passaria por um leilão com o empresariado brasileiro, cujos resultados financeiros voltar-se-iam para buscar zerar os custos dessas tragédias junto às populações atingidas. É o mínimo que se espera.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 30/01/2019
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