SERES INVISÍVEIS

Li outro dia uma recente estatística sobre a deficiência no Brasil. Mostrando que "24 % da população brasileira é composta por pessoas que tem algum tipo de deficiência (IBGE). O Brasil possui 45 milhões de pessoas com deficiência".

Ora, uma estatística nada desprezível,no entanto , observo que não existe um movimento, associações fortes, representantes imbuídos de uma causa maior, seja a nível nacional ou regional.. Posso até está errado, mas o meu olhar observador sobre esse tipo de luta é muito tênue no que relaciona a essa batalha pelos direitos do deficiente.

Aqui em Salvador é quase nulo ou totalmente nulo no que relaciona ao embate por melhores condições do deficiente físico.Lutamos por causas que deveriam ser conquistadas há muito tempo. Claro , existem alguns benefícios como direitos em leis, determinadas vagas reservados aos deficientes. Temos muito por conquistar, é um fato. Tivemos o ano internacional do deficiente físico, em 1992, e de lá para cá quais foram as reais mudanças de peso, e principalmente de mentalidade da nossa sociedade?.

O que observo são grandes diferenças sociais entre os deficientes físicos em que os privilegiados economicamente conseguem ser menos rechaçados pelo preconceito social, se adequam com mais facilidade as dificuldades enfrentadas na nossa estrutura do que os menos favorecidos do sistema.

Uma pesquisa realizada em 2017, sobre o preconceito contra pessoas com deficiência física , os entrevistados emitiram suas opiniões onde 70% acreditam que os deficientes físicos sofrem preconceito no ambiente de trabalho. Segundo o site Barreiras para uma inclusão de qualidade, só em cumprir a contratação de deficiente para o cumprimento de cotas já é um preconceito. (GOOGLE).

No artigo "Preconceito contra deficientes " "Paloma" coloca: "Preconceito é você olhar pra eles com cara de nojo. É você não se entrosar com eles por causa de seu defeito. É você trata-los diferentes das demais pessoas. É você achar que eles não são capazes". (GOOGLE)

Todos nós ficamos embevecidos na recente posse do presidente da república , Jair Bolsonaro , onde a primeira dama chamou atenção da sociedade quando fez o discurso em breve tempo na linguagem do surdo mudo. Também é de ressaltar que após a posse a primeira dama convidou para participar da Secretaria Nacional de Pessoa com Deficiência, Priscila Gaspar, graduada em letras e libras pela UFSC e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica.

Apenas uma reflexão para todos nós.

inclemente
Enviado por inclemente em 29/01/2019
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