Do Vermelho ao Marrom (A Tragédia de Brumadinho)
Do vermelho ao marrom rapidamente se transformam as fardas dos heróis. Herói que na maioria das vezes irá trazer a tristeza. A tristeza da perda, assim, um herói diferente. O herói que se arrisca novamente por erro do ganancioso, também está de luto. Eles são dali, não vieram de longe como outros, tão importantes quanto, mas eles, são dali.
As Minas Gerais que encantaram por séculos os ricos por seu ouro, ainda é local de extrações diversas e continua trazendo ambição à terra de montanhas. Do brilho dourado aos senhores de engenho, o tempo parece não ter mudado muito a hierarquia da sociedade naquele local. A barragem dos poderosos continua acima dos vales e vilarejos dos pobres. O negro continua embaixo.
O marrom da lama, da sujeira, que remete na maioria das vezes à algo ruim, segundo a teoria, surge da junção do preto com o vermelho. Que dessa vez, de uma vez por todas, o preto seja retirado do marrom e fique apenas o vermelho, este que pelo menos nos remete ao amor.