Em 2014, apenas 50% da população brasileira tinha alcance à internet, e dessas 50%, poucas pessoas tinham acesso a grupos de WhatsApp, pois a tecnologia de comunicação virtual desses grupos tinha acabado de chegar ao Brasil. Nessa fase acontecia uma eleição presidenciável no nosso país, onde Dilma, a primeira mulher brasileira chegou ao domínio no palácio do planalto.
Hoje já temos 70% da população brasileira com acesso à internet residencial e posteriormente a mesma proporção ou mais, que tem acesso as redes sociais como Facebook e WhatsApp.
Nunca na história do Brasil, um político chegou ao poder através das redes sociais, se o candidato Jair Bolsonaro conseguir chegar, estaremos crentes que a mídia televisiva perdeu o seu potencial para a mídia virtual, justamente por Jair ser o único candidato que não deu as caras nos debates dirigidos pelos canais abertos a população.
Não é apenas essa maior porcentagem de brasileiros com acesso às redes sociais, que justifica porque nós brasileiros estamos em um eloquente combate pela internet, voltados a política atual, que não se limitam em ofensas e Fake News, mas algo que vai muito além do ressurgimento da barbárie vivida pela Europa na segunda guerra mundial.
É pela internet que você não vê a cara de ninguém, se alguém te perturba e te contradiz, você vai lá, dá um bloc e se livra da dor de cabeça. Você tem liberdade para ofender o avatar adversário, pouco se sabe quem está por trás daquele perfil, basta entrar e deixar sua ofensa gratuita, e logo em seguida dar um bloc para evitar a fadiga.
Nesse novo mundo virtual, a pessoa tem mais espaço para manifestar o seu ID (Inconsciente Responsável pelo Prazer Narcisista) muito mais do que na vida cotidiana, aqui você pode ser o psicopata que quiser, se ofensas gerassem processos nesse momento, teríamos muita gente enriquecendo, mas se nos inclinarmos um pouco mais para a nossa realidade, vamos perceber que processos geram mais homicídios do que dinheiro.
Falo de uma guerra civil, de um país dividido entre dois pólos extremos, num embate entre direita e esquerda, onde cidadãos não lutam com armas de fogo, mas ciberneticamente usam seus perfis sociais como armas, para atingirem seus adversários.
Já não se trata de uma campanha consciente e solidária, mas sim de um mundo virtual perversivo, onde não é preciso ir muito longe, para ver postagens que consideram eleitores adversários como subespécie, ou uma raça inferior. Sim, estamos repetindo erros de um passado fascista que repercutiu em uma segunda guerra mundial.
Se acreditarmos que do outro lado da tela, por trás de um avatar qualquer, existe um ser humano lutando pela sobrevivência, seres assim como nós, que tenham pontos vulneráveis em questão, pontos esses, que os fazem pensar diferente de nós, talvez, seremos menos militantes da política e mais militantes da consciência.
Osvaldo Vieira
Hoje já temos 70% da população brasileira com acesso à internet residencial e posteriormente a mesma proporção ou mais, que tem acesso as redes sociais como Facebook e WhatsApp.
Nunca na história do Brasil, um político chegou ao poder através das redes sociais, se o candidato Jair Bolsonaro conseguir chegar, estaremos crentes que a mídia televisiva perdeu o seu potencial para a mídia virtual, justamente por Jair ser o único candidato que não deu as caras nos debates dirigidos pelos canais abertos a população.
Não é apenas essa maior porcentagem de brasileiros com acesso às redes sociais, que justifica porque nós brasileiros estamos em um eloquente combate pela internet, voltados a política atual, que não se limitam em ofensas e Fake News, mas algo que vai muito além do ressurgimento da barbárie vivida pela Europa na segunda guerra mundial.
É pela internet que você não vê a cara de ninguém, se alguém te perturba e te contradiz, você vai lá, dá um bloc e se livra da dor de cabeça. Você tem liberdade para ofender o avatar adversário, pouco se sabe quem está por trás daquele perfil, basta entrar e deixar sua ofensa gratuita, e logo em seguida dar um bloc para evitar a fadiga.
Nesse novo mundo virtual, a pessoa tem mais espaço para manifestar o seu ID (Inconsciente Responsável pelo Prazer Narcisista) muito mais do que na vida cotidiana, aqui você pode ser o psicopata que quiser, se ofensas gerassem processos nesse momento, teríamos muita gente enriquecendo, mas se nos inclinarmos um pouco mais para a nossa realidade, vamos perceber que processos geram mais homicídios do que dinheiro.
Falo de uma guerra civil, de um país dividido entre dois pólos extremos, num embate entre direita e esquerda, onde cidadãos não lutam com armas de fogo, mas ciberneticamente usam seus perfis sociais como armas, para atingirem seus adversários.
Já não se trata de uma campanha consciente e solidária, mas sim de um mundo virtual perversivo, onde não é preciso ir muito longe, para ver postagens que consideram eleitores adversários como subespécie, ou uma raça inferior. Sim, estamos repetindo erros de um passado fascista que repercutiu em uma segunda guerra mundial.
Se acreditarmos que do outro lado da tela, por trás de um avatar qualquer, existe um ser humano lutando pela sobrevivência, seres assim como nós, que tenham pontos vulneráveis em questão, pontos esses, que os fazem pensar diferente de nós, talvez, seremos menos militantes da política e mais militantes da consciência.
Osvaldo Vieira