DESCREVENDO EM CRÔNICA AGORA

A antiga Praça da Bandeira, hoje Praça Prof. Salgado, ouvi Edgar Pinheiro esse ainda reside na mesma praça, em 2019, ele contou-me que em 1950, quando não havia calçamento e nem o Jardim no local, existiam umas Manilas e Valas. E Matos e Casas Velhas, na gestão do Prefeito Laurentino Tolentino da Silva de 1951 a 1954 e na década de 1960, existia um Cruzeiro e uma Fonte que não era luminosa.

As Feiras Livres aconteciam embaixo dos 03 Tamarindos na Praça Mons. Berenguer , e este pesquisador teve uma conversa com Hildegardo Amador Pinto, mais conhecido por (Dedéga), em sua Casa, pela parte da manhã, de quinta-feira, 17 de Janeiro de 2019, aqui na sede de Monte Santo Ba.

Hildegardo é escultor, cantor, poeta e informante histórico e foi Seresteiro em 1962, e Dedega, é uma memória viva de nossa cidade. Hildegardo nasceu em 22 de Dezembro de 1937, em Monte Santo na Bahia. Mais a nossa conversação nos trouxe, informe sobre a Quermesse, uma espécie de Feira, que era realizada pelo Padre Berenguer em 1955, e as Feiras Chiques eram realizadas na praça Mons. Berenguer em Monte Santo. Onde Hildegardo já concedeu depoimentos a Jornalistas, e Dedega, afirmou-me que trabalhou e organizou e fez o papel de figurante no Filme Deus e O Diabo na Terra do Sol, e filmado por Glauber Rocha em 1963, neste município e no município de Canudos, que pertencia o município de Euclides da Cunha Bahia.

As Quermesses eram compostas de Barracas e dentro das mesmas vendiam, comidas típicas: mais haviam Shows e as pessoas compravam Bilhetes para ajudar a Paróquia. Hildegardo falou bem de Francisco de Paula Berenguer, o padre Berenguer, que tinha contato, com políticos, como Aloísio de Castro e Manoel Novaes ambos de Salvador Ba.

O que vendiam nas Feiras Chiques , comidas, doces, alfinis , e arrecadava dinheiro para ajudar a Igreja Católica de Monte Santo. Mais Hildegardo nos afirmou como funcionava a Feira Livre, aos Sábados, e embaixo de 3 Tamarindos de 1959 a 1967, vendiam na Feira Livre, Café em Caroço , feijão, Farinha Grossa, Fumo de Corda e nesse meio animavam os Poetas, os Cordelistas, os Cantadores vinham de Pernambuco, para as Feiras de Monte Santo na década de 1950.

Na feira vendia da Cerâmica em barro, como Pote, Panela, Buião, e o artesanato em palha de Ouricurizeiro, Abanador, Bocapiu, Esteira, aí deu continuidade nos anos de 1970 e 1980. Mais a mudança da Feira deu-se no final da gestão de Agenor Carvalho Caldas, em 1967.

Portanto quero referi nesta crônica o que Eu descobri ao ler em Livro de Maria Socorro Cabral, essa publicou o seu primeiro Livro em texto, e traz o titulo Monte Santo Terra de Mistério e Encanto, esse Livro valoriza as pessoas humildes, essas viveram décadas diferentes: entre o lado religioso de Frei Apolônio de Tody, a Religião Afro, a Pobreza o Cangaço, a passagem de Virgulino Ferreira da Silva , neste município de 1930 a 1932, e não em 1929, houvem muitos erros de datas e de informações, comentadas pela autora Maria Socorro Cabral.

São versões diferentes, porque aparecem os Causos, que atraem os costumes, lendas,, histórias daqueles que viveram em comunidades da época. Citando a Guerra de Canudos, Padre Berenguer entre outros hábitos.

Maria Socorro Cabral, em seu Livro criticou a falta de apoio a Cultura local e os artistas. Mas contém dentro do Livro textos Biográficos de Pintores, poetas, escritores e duas minis Biografias de dois cordelistas, o José Francisco de Andrade, do Pov. De Riacho da Onça – Monte Santo Ba, e a Biografia fornecida por esse cordelista José de Jesus, este leu e descobriu cada pessoa desconhecida pelos escritores Montessantenses.

Conheci muito o José Cardoso Loiola (Tié) que carregava água da Fonte da Mangueira, lá existiu uma casa, e no interior dessa havia uma Cacimba. Os políticos destruíram essa Casa.

Zé do cordel
Enviado por Zé do cordel em 24/01/2019
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