viver

Eu tenho fome de vida, de amor, de sexo, de bondade. Eu tenho ânsia de vômito por preconceito, maldade, e tudo aquilo que envolva falta de coragem. Eu tenho calor de vida pulsando aceleradamente dentro de mim. Sabendo aproveitar aquilo que me toca com o seu sentimento mais profundo, e não apenas sua casca, a sua superficialidade. Mas eis que quando mais me entrego menos eu recebo. E fico à deriva da tempestade de ser apenas o que sou, e sem precedentes para ser outro, pois temos tanto pouco tempo nessa festa que é a vida. E nunca esquecemos que toda festa tem seu fim. Portanto é chegada a hora de tirar os sapatos, e colocar os pés no chão e dançar absurdamente. Jogar-se na pista e enfrentar tudo o que foi lhe foi imposto de cabeça erguida, e quando as regras estiverem apertadas, afrouxe-as e liberte-se. Nunca esquecendo que toda festa tem seu fim, toda fome tem seu fim, toda vida tem um fim. Então, corra, corra, antes que aconteça o seu fim.