ESCRITÓRIO DO CRIME

O Brasil nunca esteve tão mal visto aos olhos do mundo com a ascensão do fascismo e o desenrolar dos primeiros dias de desgoverno de alguém tão despreparado para a função, mas que foi eleito pelo voto, e que tem como sustentação o escritório do crime.

Bolsonaro nunca foi a opção das elites, mas se tornou por conta da ameaça da volta do PT e seus programas sociais que levaram os pobres a terem acesso às Universidades e todos os benefícios exclusivos, até então, às classes mais favorecidas.

Acontece que Bolsonaro não se mostrou uma pessoa fácil de ser controlada, sua insanidade não o permite perceber que só está eleito porque a mídia conservadora o apoiou, que a justiça dominada pelo PSDB tirou Lula da disputa.

Agindo de forma autoritária e sem conteúdo que justifique, Jair Bolsonaro passou a ser alvo do mesmo grupo que o elegeu. A intenção é que, ou ele baixa o tom e aceite a coleira, ou a saída é a sua queda e a posse do general, seu vice.

Que os Bolsonaros são violentos e milicianos todos sabem. A imprensa sabe, a polícia sabe, o MP sabe, o comando militar que fez a intervenção no Rio também sabe. Só que as milícias servem ao Estado, são policiais que negociam com o crime organizado e têm o apoio de políticos financiados com dinheiro sujo e que, ao assumir, abrem uma lavanderia.

Com a insistência de Bolsonaro em não se ajoelhar diante das elites, usando a estratégia das eleições, onde as fakes news e as redes sociais tiveram forte influência em um eleitorado agora arrependido, só resta o chicote das manchetes e uma investigação que estava pronta há muito tempo.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 23/01/2019
Código do texto: T6557364
Classificação de conteúdo: seguro