O Socialismo do Século XXI e a falta de lixo

Na posse para seu terceiro mandato como presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com a arrogância que é comum nos governantes populistas, fez o seguinte juramento: "Juro sobre a maravilhosa Constituição e por Cristo, o maior socialista da história. Não darei descanso a meu braço nem repouso a minha alma, entregarei minha vida à construção do socialismo venezuelano, à construção de um novo sistema político, social e econômico".

Dando continuidade ao que chamou de “Socialismo do Século XXI”, Chávez pretendeu oferecer ao povo venezuelano uma espécie de “filé a parmigiana” (socialismo venezuelano).

Para sustentar seu socialismo, Chávez esperou contar ad eternum com o maior símbolo do Capitalismo, depois da Coca Cola, o petróleo.

Para todo socialista bem alimentado há sempre um capitalista que paga a conta.

O novo sistema político, social e econômico ou Chavismo ou Bolivarianismo ou Socialismo do Século XXI seria na verdade exclusivo da Venezuela.

Chávez imaginou que a grande produção de petróleo do país sustentaria um Capitalismo de Estado e a importação de todos os bens de consumo, desde automóveis até papel higiênico. Dessa forma, a população não tendo que se preocupar com a produção desses bens, viveria no ócio e sua única função seria dar respaldo para as idéias mirabolantes de seu grande líder.

Hugo Chávez tinha uma visão de mundo tão ampla como o buraco de uma agulha e dessa forma abriu caminho para um poste de nome Nicolás Maduro que uniu sua psicopatia com a queda do preço do petróleo e promoveu o holocausto dos venezuelanos.

O “grande líder venezuelano” não deve ter se importado pelo fato de seu possível sucessor ser um imbecil porque sabia que ele teria de qualquer forma, apoio incondicional de outros psicopatas integrantes do Foro de São Paulo.

Sabemos que o elevado teor nutritivo do lixo é uma prerrogativa dos perdulários países capitalistas portanto, na Venezuela de hoje, quem se alimenta um pouco melhor são os que têm acesso ao lixo dos milhares de servidores diretos da Presidência da República Bolivariana e dos 2.000 generais que dão respaldo à insanidade de Nicolás Maduro.

No passado, circulou no Brasil uma piada que dizia que os otimistas achavam que um dia iríamos comer lixo e os pessimistas achavam que o lixo não daria para todos.

Quem poderia imaginar que isso pudesse se tornar realidade num país potencialmente rico como a Venezuela?

Albert Einstein disse: "Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.".