Sensatez: Metade dádiva, metade maldição
Essa semana estive em três camas diferentes, com três pessoas diferentes e ainda é quarta-feira.
A auto-estima tá lá em cima, a libido nunca esteve tão presente e a coragem se tornou viral.
Como tudo nessa vida, o tempo altera, algo em troca de algo porque generosidade é conceito de comunidade dizimada.
Fui inventar de ouvir Tiago Iorc, e quando parei para responder uma mensagem de um possível quarto caso, notei a quanto tempo não escrevo algo de teor romântico/emocional. Não que eu sinta falta, mas depois de tanto tempo analisei e percebi que me tornei o que sempre quis e quase esqueci de quem era. Até dar o play e ouvir uma palavra a qual me perseguiu por quase quatro anos "sorte".
Hoje tenho sorte em ter a liberdade que sempre quis, porém não será a sorte que costumava ter. A sorte da ingenuidade, a sorte da inocência e da confiança.
Li um texto romântico e enquanto rolava pelos comentários percebia que todos agiram de maneira quase que irracional, enquanto eu (linha após linha) pensava quanto tempo demoraria para o homem trair a mulher para quem escrevia o tão famoso texto.
Hoje tenho sorte em não querer mais saber da fucking monogamia. Porém, deixei de aquecer o coração com as coisas pequenas, o ceticismo tomou conta do que me fazia bem.
Acontece. A gente perde para ganhar.