Até o infinito
Nunca saberemos quando será nosso último minuto. Não temos a menor ideia de qual será nossa última palavra. Qual será o último flash em nossas retinas cansadas de tanto sol e calor. E, que quando conhecem o alívio da chuva, resolvem simplesmente chorar. Existem choros inexplicáveis. Fendas e fossas profundas, abismos secretos e almas insondáveis. Há mistérios demais e muitos perpetuam-se indecifráveis. O que faremos do resto de nossas vidas? Pessoas importantes morrem, nos deixam solitários. Lembranças deterioram. Memórias se apagam, novas memórias surgem e habitam nosso espírito ansioso por encontrar algum sentido, algum vetor ou
alento que nos justifique ou que nos legitime. Um estudo aqui, uma leitura ali. Uma aula, duas aulas e alguns seminários. Intriga-me saber qual será o último tema que escreverei. O imponderável, as encruzilhadas semânticas, os signos dúbios a traduzir mensagens truncadas. O resto da vida pode ser apenas o que sobrou, uma síntese soberba ou vaidosa do acaso ou
de nosso amadurecimento. Afinal alguns valores se perdem, outros aparecem existe um ballet esquisito na ciranda da vida. E o ritmo será aquele exatamente que o nosso metabolismo aguentar. E, quando não houver força, os vestígios da história flutuarão até o infinito.
Nunca saberemos quando será nosso último minuto. Não temos a menor ideia de qual será nossa última palavra. Qual será o último flash em nossas retinas cansadas de tanto sol e calor. E, que quando conhecem o alívio da chuva, resolvem simplesmente chorar. Existem choros inexplicáveis. Fendas e fossas profundas, abismos secretos e almas insondáveis. Há mistérios demais e muitos perpetuam-se indecifráveis. O que faremos do resto de nossas vidas? Pessoas importantes morrem, nos deixam solitários. Lembranças deterioram. Memórias se apagam, novas memórias surgem e habitam nosso espírito ansioso por encontrar algum sentido, algum vetor ou
alento que nos justifique ou que nos legitime. Um estudo aqui, uma leitura ali. Uma aula, duas aulas e alguns seminários. Intriga-me saber qual será o último tema que escreverei. O imponderável, as encruzilhadas semânticas, os signos dúbios a traduzir mensagens truncadas. O resto da vida pode ser apenas o que sobrou, uma síntese soberba ou vaidosa do acaso ou
de nosso amadurecimento. Afinal alguns valores se perdem, outros aparecem existe um ballet esquisito na ciranda da vida. E o ritmo será aquele exatamente que o nosso metabolismo aguentar. E, quando não houver força, os vestígios da história flutuarão até o infinito.