Um vaga-lume no meu quarto.
Nesse final de ano, de 2018, o Bradesco lançou uma linda campanha, onde ressalta a figura de vários vaga-lumes que iluminam uma árvore na noite do natal em virtude da falta de energia elétrica em uma cidadezinha. Inicialmente é mostrado um vaga-lume solitário que circunda em lugares iluminados e ninguém aceita a sua presença, ignorando-o ou expulsando imediatamente do local onde ele se instala. Esses lindos insetos são também conhecidos por pirilampos.
Lembro-me de quando criança ficava encantada com aqueles pequenos insetos com suas luzes acesas, voando pra lá e pra cá e eu na inocência de pouca idade, junto às outras crianças, buscava um recipiente de vidro para armazenar os bichinhos achando que ali teríamos uma luminária para sempre a iluminar nossas vidas! Pura ilusão, na manhã seguinte estavam todos mortos!
Pois acreditem que pouco mais de um mês apareceu um vaga-lume no meu quarto. De repente, com a luz apagada e já pegando no sono, vejo uma claridade e contemplo o pequeno inseto a voar com sua linda luz acesa. Senti-me agraciada, era como se eu tivesse recebendo uma graça divina. Sem acender a luz, resolvi ficar contemplando aquele momento tão especial. Durou pouco, desapareceu, adormecei com uma sensação de leveza, doçura e encantamento. Recordei o tempo de criança. Ao acordar no dia seguinte procurei mas não encontrei vestígios dele, melhor assim, não queria encontrá-lo morto.
Movida agora pela curiosidade dou um ‘Google’ e tenho a informação de que utilizam a luz com a finalidade de encontrar seus parceiros para cópula sexual e assim se reproduzirem. Outra informação que me deixou triste é que os bichinhos estão desaparecendo, sendo os principais fatores a poluição, o desmatamento e o aumento cada vez mais intenso de luzes artificiais. De imediato fico triste pensando nas futuras gerações e nas crianças de agora que não terão o privilégio de conhecer e contemplar a beleza reluzente de um vaga-lume.