A TRAIÇÃO RUINDO RELAÇÕES
Em meados de 2015, no final da manhã de um domingo, dia abafado e quente, o cheiro de carne assada, mesmo sem uma brisa sequer, entrava pelas casas. Vindo dos fundos. Certamente algum vizinho estava churrasqueando.
Atraído às janela pelo odor do assado, deparei-me com uma discussão, que vinha da direita, aliás, era mais um monologo.
Concomitantemente com gritos e a agressividade, um menino de talvez quatro anos, suplicava para que sua mão não batesse no pai.
Em resumo, ela de peso e altura avantajados, sobre o esbofeteado reclamava de mensagens que ele recebera no celular, advindas de uma provável amante.
Mesmo com o clamor do pequenino, ela se mostrava incontinenti, ao ponto de apanhar alguns pedaços de tijolos e passar a arremessar contra o inconsequente traidor.
Um dos pedaços, ultrapassou a cerca, quase atingindo a vizinha que pedia calma.
Desvencilhando-se o marido correu para o portão, entretanto ele estava chaveado. Ali deu-se mais um esbofeteamento, até que a proprietária da casa, onde o casal residia em peças alugadas no fundo do pátio, conseguiu abrir o portão, dando vasão a fuga do já não tão amado companheiro.
Lá pela meia tarde vieram buscar a esposa traída e o pequenino. Durante a saída, pelo menos uma das familiares, saiu reclamando da atitude da enfurecida, mais ou menos assim:
- Assim nunca terás quem fique contigo, por qualquer coisa tu já sai agredindo!
Na segunda-feira, vieram o ex marido, um oficial de justiça e dois policiais, para darem sustendo a retirada dos pertences dele.
Ela nunca mais apareceu. Dias mais tarde duas mulheres acompanharam um pequeno veículo de frete que retirou os móveis e demais pertences.