A GERAÇÃO QUE PERDEU A ESSÊNCIA DE SEU VALOR 




Parece que estou ainda na Idade da Pedra, pois os valores estão se invertendo a cada época e me deixa boquiaberto.
   Fico analisar essa nova geração que está bem diferente daquelas vividas em nossos dias; o tempo passa e não para.
   Com a vinda da globalização foi então que piorou; não existem mais diálogos entre as parte e os que estão perto não tem chance de entrar na conversa porque não fazem parte do nosso grupo de amigos do zap.
   Não há compartilhamentos de objetos que não se usam mais, para não favorecer aquele que não tem no momento; não conhecem a lei da semeadura.
   Querem impor o modismo do momento e esquecem que gosto não se discute, mas saem atropelando tudo o mais importante é chamar atenção de todos.
   O respeito pelo ser humano não apresenta mais força nem dignidade para aqueles que o recebem, pois não surte tanto efeito quando vem acompanhado de várias palavras malditas e palavrões  rasgando o verbo.
   Que pena que hoje os nossos professores, não sejam tão respeitados dentro da sala de aula como antigamente; as mães não sejam tão amadas quanto nos dias de outrora.
   Uma geração que às vezes não pensam nas consequências que estão trazendo para o resto de suas vidas, pois o tempo irá lhe cobrar um dia no decorrer de sua existência.
   O que é certo agora é errado, e o que é errado agora é certo; não vou nem entrar em detalhes para não me chamarem de preconceituoso.
   Creio ainda que essa nova geração alguns ainda nos darão alegrias, mas são poucos, a maioria como eles dizem: “não tô nem aí... tô nem aí..”
   Tenho saudades das brincadeiras quando era criança, éramos os donos da nossa rua, dava gosto de brincar, correr, dar gargalhadas, chegar suado em casa abrir a geladeira e beber aquela água gelada sem receio de ficar resfriado ou rouco no dia seguinte.
   Tínhamos disposição para todas as horas; não havia distinção entre meninos e meninas, todas eram tratadas de igual para igual; éramos pré-adolescentes que só queríamos se divertir no momento.
   Não havia celular, internet, todos queriam sair de suas casas e conversar nas calçadas até mais tarde, pois as conversas eram sadias e edificantes.
   Mas o tempo passa aquela geração muitos já não existe mais; os que ainda ficaram lembram como chama acesas em suas memórias, e se pudessem voltar um pouco atrás, voltariam com certeza.
   A modernidade acabou com os valores adquiridos e aprendidos, passado de pais para filhos por muitas gerações, e se perderam com a ignorância dos que impunham a covardia e violência, agredindo aqueles que os pôs no mundo.
   Sinto falta de pedir a benção para os meus pais, pois eles não estão mais aqui; de parar na pracinha só para namorar um pouco e comer pipoca com a pessoa que você mais ama; de tomar sorvete e lambuzar as mãos comendo a casquinha de biscoito; e dos encontros escondido depois da aula, do abraço aperto, do primeiro beijo, sem falar para pedir consentimento para namorar casa.
   As drogas tomaram conta dos nossos jovens e adolescentes atualmente; uma geração que está colhendo aquilo que plantou e a família é o que sofre.
   O tráfico parece que é interminável e está escravizando gerações por gerações e destruindo o futuro promissor de alguns deles, deixando um rastro de violência pelo caminho.
   Os bailes funk já uniram e já desuniram vidas, famílias de todas as classes sociais e arrastaram dezenas deles para a tumba fria sem pedir consentimento e licença para ninguém; a dor da perda parece incurável e os culpados saem dando risadas pelos becos e vielas, e se escondem atrás dos mitos, das alegrias momentâneas, e ás vezes é um caminho que não tem mais volta.
   Não posso deixar de falar das bebidas alcoólicas que vem destruindo, famílias, casamentos, empregos, vidas; são as que matam mais indivíduos nas nossas estradas estaduais, sem falar da desatenção dos motoristas que querem falar ao celular justamente quando estão dirigindo, ou uma ultrapassagem errada trazendo tragédia reta final para muitos.
   Que geração é essa que deixa seus valores de lado, não dando a menor importância por acaso?
   O acaso não é somente acaso, mas é a resposta da irresponsabilidade dos atos adquiridos que talvez não tenha mais volta; mas podemos mudar algo que está errado somente com as nossas atitudes, fazer a diferença é o que importa.
   Faço parte de um todo, mas não sou todo o mundo; sempre sou e serei eu mesmo com todas as minhas virtudes e defeitos.
Salvem essa geração!!!
                             
 
 
 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 12/01/2019
Reeditado em 09/12/2021
Código do texto: T6549109
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