SOMOS TODOS PROGRAMADOS?

Estou preso ao meu destino, acorrentado no cárcere de acontecimentos que se repetem de forma contínua, porém, a cada novo ciclo de repetições tudo fica pior. O ano se inicia como os demais, arrastando-se pelos dias. Tudo é igualmente a ontem, a única diferença é que os acontecimentos de hoje está com vestes diferentes.

Às vezes, observando o comportamento dos seres humanos, percebo nas pequenas atitudes de cada um, 'isso incluí a minha própria', certo desespero. De fato não nos compreendemos, uma vez que, este que vos escreve é o primeiro na trincheira destes comportamentos um tanto quanto… Primitivos, bem sei que possa ser exagero, mas, acredito que, na verdade, o estranho seria dimensionar em pouca quantidade tal observação. Nota-se, me permitam esta outra observação, que somos almas mortas trajadas de corpos vivos. O semblante, sorriso, diálogo, comportamento, convívio, e por aí vai, é de pessoas 'vivas', supostamente 'alegres'. Não devemos nos enganar, pelo menos é o meu próprio caso. Sou tudo isso, e não sou nada ao mesmo tempo, considero-me uma alma morta em um corpo meramente ambulante. Abrimos a cortina do tempo em um novo ano, 'o mito', como muitos chamam o presidente eleito, está no ponto mais alto da nação.

Existe a esperança de que ele faça tudo quanto prometeu em campanha… Pois, bem amigos, — ele não fará — não estou sendo pessimista, ou qualquer coisa assim. Não sou de esquerda, tão pouco de direita, e não pensem que estou em cima do muro. Como eu disse anteriormente, sou, e somos almas mortas, a tudo, e a todos, ao ponto de não percebemos o óbvio. Diante de nossos olhos moribundos a máquina da manipulação das massas trabalha em grande velocidade. A realidade não é a que vemos, somos todos, 'programados', como um computador. Isso não é teoria da (conspiração) amigos leitores, é, infelizmente, a triste realidade.

Daqui a pouco tempo, a mesmíssima conduta virá a tona, e àqueles que lá estão, empossados no poder, aprovaram, e, se provará ser um amontoado de almas mortas. Perdoe-me os amigos leitores, pelo meu tom fúnebre, pessimista, caótico, alarmante, delirante. Não vejo com bons olhos o que está a frente, assim sendo, seguimos todos o nosso caminho pré-programados, de sermos o que decidiram que seremos. Na alta cúpula do poder, o nosso destino será confirmado, o de quê, nunca seremos o que queremos ser, e que nunca teremos o que sonhamos ter. Sigo cabisbaixo, melancólico, confuso, e como diz o poeta: “Volto a face e tremo, vendo o seu vulto desaparecer, na extrema curva do caminho extremo”.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 12/01/2019
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