EPIFANIAS
Prof. Antônio de Oliveira
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Em grego, ἐπιφάνεια: aparição, manifestação, revelação, estreia, “debut”, apresentação. Pode significar, por extensão, uma “luz”, uma ideia brilhante, como quando se diz, na Inglaterra: “I just had an epiphany”. Daí, também, o nome Santo Epifânio, festejado em 12 de maio. Liturgicamente, é comemoração cristã, Epifania do Senhor. Mantém-se, tradicionalmente, a festa de Reis no dia 6 de janeiro.
Jesus fez várias epifanias: Aos Reis Magos, ainda em Belém, onde nasceu. Aos doze anos, quando é encontrado por seus pais, depois de desaparecido, demonstrando profundos conhecimentos das Escrituras perante doutores da lei, no templo de Jerusalém. Quando foi batizado por João Batista, no Rio Jordão. Nas Bodas de Caná, ao transformar água em vinho. Na transfiguração, no Monte Tabor, na presença de Pedro, Tiago e João. Todas essas passagens são representadas por artistas famosos, como o quadro Adoração dos Magos, de Bartolomé Esteban Murillo.
Pessoas mais jovens nem imaginam, mas, até 1967, o dia 6 de janeiro era feriado nacional. Para a Igreja, era dia santo, compondo, com o Natal e o Ano Novo, três estágios das comemorações iniciadas no Natal, preparada pelo tempo do Advento (vinda), passando pelo ano-novo, encerrando-se no dia 6, também Dia da Gratidão.
Os Reis Magos são conhecidos como Melchior (Melquior, Belchior), Baltasar e Gaspar, que presentearam o Menino Jesus com ouro, incenso e mirra. Ouro significando realeza; incenso, divindade, e mirra, unguento premonitório de sua morte. Os supostos restos mortais dos reis magos encontram-se na imponente catedral de Colônia, na Alemanha. A festa dos Reis Magos é comemorada praticamente em toda a Europa. No Brasil, o culto aos Santos Reis inclui folia de reis e congada, reza e cavalhada. Um patrimônio cultural imaterial a cantar: A bandeira (do Divino) que eu empunho acredita, e eu com ela, que a semente será tanta que a mesa será farta, que toda casa seja um lar, ai, ai.