Qual será o preço?

Qual será o preço?

O nosso envelhecer revela o preço que pagamos em nosso tempo de vida. Envelhecer saudável é a grande fortuna que conquistamos no tempo do ser. Não destrua o que lhe foi dado como morada de vida. Usufrua a sua qualidade maior que é ser e viver o ser para que, sua energia retorne à criação em unidade universal.

Muitos acreditam que o preço pago foi compensador, pelas supostas vantagens obtidas. Assim pela vida a fora, vão regateando para em tudo, a vantagem lhe favorecer.

Outros no exagero vão consumindo-se em vícios destrutivos da matéria em que está encarnado e tentam justificar suas atitudes no dizer que todo o entorno está errado e que a sociedade, por si só está corrompida na promoção da desigualdade, e por isso a repele com o desmazelo de si.

Todos nascemos com uma fortuna imensurável, tendo em vista as possíveis oportunidade que o universo nos proporciona.

Muitas vezes não sabemos como aproveitá-las e nos iludimos com coisas tão fúteis em um presente ávido.

Quais são as vantagens que o universo proporciona a todos, independente de suas condições sociais?

Para a universalidade da existência, não existe a dita e tão estabelecida, na imoralidade social em ser moral, classes sociais, ou mesmo as ideologias tão discutidas na modernidade. Isto foi criado na necessidade de o menos impor-se ao mais, visto que a sabedoria lhe fazia, diferente já que esta não possuía.

Medir o indivíduo pelo ter é mascarar a mínima capacidade intelectual dele ser. É como certa vez li uma história de uma carroça vazia em detrimento de uma cheia ou mesmo uma fortuna fechada em um cofre e outra fortuna solta no universo. Uma carroça vazia, por onde passa muito barulho faz, pois salpica daqui para ali. Já uma carroça cheia assenta-se no diferente leito do caminho e não faz barulho. O que quer dizer é que uma pessoa sábia, está sempre cheia de conhecimentos e práticas, não faz barulho e não vive a gritar para impressionar aos outros. Já uma pessoa que não detêm conhecimentos e muito menos práticas para as soluções diárias da vida, brada aos cantos do universo, os arrotos de sua ignorância. O mesmo podemos notar no desespero dos afortunados, que ao acumular fortunas desesperam em presenciar a fortuna imensurável do universo. Por mais que acumulem sentir-se-ão pobres diante da fortuna maior que jamais irão possuir.

Em Epicurus encontrei algo senão especial. "A pobreza contida é uma propriedade honrosa". De fato, se estiver contente, não é pobreza. Não é o homem que tem muito pouco, mas o homem que anseia mais, que é pobre. O que importa quanto um homem depositou em seu cofre, ou em seu armazém, quão grandes são seus rebanhos e quão gordos seus dividendos, se ele cobiça a propriedade de seu vizinho e calcula, não seus ganhos passados, mas suas esperanças de ganhos por vir? Você pergunta qual é o limite adequado para a riqueza? É, primeiro, ter o que é necessário e, segundo, ter o que é suficiente.

Assim nasceu a questão que coloquei: - Qual será o preço? A vida nos foi dada graciosamente. Nela é gratuito o ser e nele está a felicidade, objetivo maior do indivíduo. Muitos acreditam que possuir o tudo, é o que lhe trará a felicidade. Vão vencendo obstáculos criados por eles mesmos, destruindo tudo à sua frente, num contar vantagem de ser vencedor. Até o campeão dos campeões antes do ocaso, desespera na questão do que me valeu tantas vitórias? A fama traz com certeza muita depressão, pela decepção do não assédio informativo. Mas o que é a fama amais de uma máscara, no ato de esconder o ser e fazer realçar o ter? A sabedoria do sábio, vem na mediunidade de estar, no calar e no dizer, para o audível aluno pronto de acordo com Hermes Trismegistro: - O mestre aparece quando o aluno está pronto. Observemos os mestres citados pela história. Quando percebemos isto nos tornamos capazes de viver a felicidade porque, vemos nela a oportunidade de viver o que somos.

Minha palavra para todos é: - Sejamos o melhor pagamento pela vida de estar.

José Maria Alves Ferreira
Enviado por José Maria Alves Ferreira em 10/01/2019
Reeditado em 18/02/2020
Código do texto: T6547429
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