REDOMA URBANA.
Na imensidão de versos que me acompanham, catalogados na branquitude de meus cabelos,
num processo acelerado, intenso, cuja a alma se entorpece e que nesses versos parece, enclauzurados nos pecados dos meus apelos.
Por hora caçam pokemons, demoninhos comuns, tal as crianças do orfanato que anseiam por adoção, negros ou não.
Zumbis por toda parte, trôpegos, sedentos de espelhos donde se projetam o escárnio dos meus nós, contidos na suprema imbecilidade.
E pensar que Deus nos fez à sua semelhança, mera lembrança.
Tento em vão acompanhar a procissão, essa que exalta a mediocridade, queimando na fogueira da vaidade os sonhos concebidos no silencio da noite.
Tão simples é a arte de viver, de se surpreender a cada noite com o brilho das estrelas, elas que até então despercebidas ainda se mantem inertes, fixas, no propósito de apenas brilharem num céu que um dia fora apenas escuridão.