Compadrio

Recentemente, numa posse presidencial, dia de alegria compartilhada e de renovação de esperanças, vivenciamos episódios feios e desconfortantes que empanaram o brilho da festa, com troca de farpas e até mesmo acusações pesadas que abalaram a noção da solidariedade continental com que tanto sonharam nossos libertários de antanho, e até de outro dia mesmo...

E não faz muito, nem mito, já havíamos tido o papelão ridículo de uma auto-proclamada Presidenta, recusar-se a receber em Palácio, as credenciais de um Embaixador estrangeiro - já previamente acreditado pelo próprio governo de seu país, maculando a diplomacia nacional...e a seu Chanceler que tentara persuadi-la a seguir o protocolo de Convenção internacional, simplesmente mandou-o a Mérida...ou mais além...

Mal sabe essa gente ilustre e imponente das boas práticas de outrora como quando por exemplo você estava à janela dando uma pitada e apreciando o cair da tarde, algum passante, que lhe tirara o chapéu em saudação e se retivera num papo agradável, você, num dado momento, convidava para entrar, ou apear, e tomar um cafezinho e a resposta fosse aquele imediato e ameno, ..."...uma outra hora", seguido duma troca de fica e vai com Deus, deixavam estampadas as regras da cordialidade e do bom convívio, mesmo sem nem o cheirinho de um bom café com queijo...e a visão da formosura da patroa que bem valia o mais recôndito desejo...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 06/01/2019
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