As inevitáveis decepções

Não tem jeito! Sempre temos que estar preparados para o doloroso desafio de nos desiludirmos, e então voltarmos à realidade. Quantas vezes já aconteceu de você preservar um sentimento de amizade e afeto por alguém, considerá-la tanto a ponto de prezar muito por essa amizade com ela, sendo que um bocado de pessoas à sua volta falavam muito sobre o lado negativo dela? Logo, você e seu esforço para enxergar o lado bom das pessoas procuravam enfatizar para os outros os aspectos positivos da pessoa. Você tinha a imagem dela como uma pessoa meiga, carinhosa e generosa. Até dizia que via um pouco de você nela. Eis que a máscara cai, e você conhece a verdadeira face da mesma. Pobre de você por um dia ter pensado que ela fosse parecida com você! Deus o livre! É bom demais conseguir falar sobre isso de um modo talvez um pouco mais descontraído, apesar de você não querer mais essa pessoa como a sua amiga nem pintada a ouro! Mas o que inferimos quando nos deparamos com essas desilusões? Que nós conhecíamos uma pessoa que não existe!!! No lugar da meiguice e empatia, na verdade reinam o egoísmo, o egocentrismo e a insanidade. Mas garanto que é melhor conhecer o lado péssimo que você nem sonhava que existisse do que se manter iludido, começando o ano longe de pessoas que esbanjam energia péssima. E então você aprende a não criar tanta expectativa, e a escolher melhor quem vai passar pela porta do seu círculo de amizade. Amizade, palavra que não existe no dicionário dessa pessoa. Meus amigos são simples, carismáticos, afetuosos. Xô essa daí! Enfim, coisas da vida... Sei que vocês também irão se identificar.

Ane Cardoso
Enviado por Ane Cardoso em 05/01/2019
Reeditado em 05/01/2019
Código do texto: T6543512
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