Rosa Maria e Mané

Gosto muito dos livros. Adoro ler, mesmo a vista estando cansadíssima, de vez em quando as letrinhas ficam dançando timbalada e dasaparecendo, ´dançando, até pulando o frevo,Acho que o pouco que aprendi devo aos livros. E a escola da vida.

Mas se gosto de ler, gosto ainda mais de ouvir música. Sem ouvir música não funciono. Não funciono em nada. Preciso ser mais explícito? É da música que tiro alguma inspiração para esrever e até para viver. Não, não decoro todas as letras das músicas que gosto, apenas parte. Apenas de uma meia dúzia sei toda a letra. Interessante: não são as que mais gosto. As que amo demais não sei as letras. Qual a explicação? Nao sei, sei lá, Mangueira, não sei...

Hoje ouvindo música de um pendrive que meu irmão me deu, deve ter umas mil música, impossível contar, uma delas, um sambinha (ou será auma marchinha?), de 1948, foi composta quando eu devia ter um ano ou dois, fiquei maravilhado, achei arretado ou arretada. Por quê?Acho que porque gosto da ingenuidade e verve, e, claro, ao que um simples sambinha diz nas entrelinhas. Ele disseca a babaquice de muita gente, dos que têm ouvidos e não ouvem, olhos e não vêem, dos que sabem maisfazem de conta que não sabem. os alienados de todos os matizes. cores, lados. O nome do sambinha é Rosa Maria, vou transcrevr a letra:

"Um dia/ encontrei Rosa Maria na beira da praia/ A soluçar/ Eu perguntei / O que aconteceu? /Rosa Maria me respondeu/ O nosso amor morreu!// Não sei ainda explicar qual a razão/ De Rosa Maria desprezar meu coração/ Eu fazia-lhe toda vontade/ Será que ela tem outra amizade?".

Acho que Mané sabe muito bem o motivo. Esse sambinha deve ser interpretado de todas as maneiras. É enderaçado a todos os manés. Todos que ficam com aquela cara lisa dizendo: - Eu não sabia!.

Que fique claro que mané é apenas um apelido, mas abarca todos os gêneros. A gente vai levando... Não tem outro jeito. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 30/12/2018
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