Diário de Bordo (uma incursão na riqueza de cheiros e odores da feira livre)
Neste domingo, o último do mês de Dezembro e deste ano que já vai tarde, me propus a ir à feira livre dar uma detetada 9literalmente, em alguns casos) na feira, coisa que só me permito quando me encontro em terras nordestinas, dada a riqueza que se encontra ao nosso dispor nesse multimilenar evento comercial.
O objetivo dessa incursão de hoje foi adquirir um peixe para prepará ao forno, como eu gosto de fazer, e de quebra trazer umas bananas da terra e o que mais me enchesse os gulosos olhos.
Até chegar a área em que são expostos os pescados é um deus-nos-acuda que não acaba mais: miríades de barracas com as mais diversas mercadorias quase a perfurar o corpo dos transeuntes, desvios estratégicos para evitar atropelar ou ser atropelado, e finalmente, como Moisés, chego a almejada Terra Prometida da Pesca Farta.
Nas várias bancas de pescados, a maioria vindo da cidade de Canavieiras, havia de tudo: atuns cavalas vermelhas, cação, cortinas, sendo que o meu olhar se dirigiu para um portentoso aguilhão, (sim, é aquele mesmo peixe protagonista de "O Velho e Mar" escrito magistralmente por Ernest Hemingway.
Ao contrário do nobre e valoroso pescador Santiago, eu consegui resgatar o meu peixe são e salvo depois de uma longa batalha mercadológica com os seus vendedores, na burilada arte da barganha.
Uma foto para a posteridade e alguns mimos de brinde, ofertados por esses heróis do mar, e cá estou a preparar o meu almoço de hoje.