Blablablá juríico em compotas e os papiros do cigano

Conheço um advogado muito competente, respeitadíssimo na área jurídica, dificilmente perde uma causa. Conheci esse cara por acaso, na fila de uma lotérica. Estava com um livro debaixo do braço, "O amor nos tempos do cólera", de Gabriel Garcia Márquez, ia levar para uma das minhas filhas que queria lê-lo. O advogado estava do meu lado noutra fila, então quando fui pagar o jogo ele biu o título do livro, e me perguntou se eu tinha lido os outros livros do escritor. Respondi que sim, que tinha lido todos. Depois de fazermos os jogos, o advogado, um cara muito simples e do tipo bonachão, alegre, me chamou para tomar um cafezinho, de frente da lotérica tem um café. Fui, conversamos bastante sobre os livros do escritor colombiano. O cara é fera, conhece muito de literatura. Quando soube do nome dele liguei a figura ao nome, ou seja, à fama. E aproveitei para fazer uma pergunta.

Perguntei a ele, algo que desonfio há long long time, se aqueles votos prolixos dos ministros do STF eram mesmo necessários ser tão extensos. O cara riu paca. Disse que de jeito nenhum. Que um tempo desse, havia junto com outros advogados examainado um dos votos desses ministros. Esse voto talvez, segndo ele, tinha mais folhas que um dos livros de Gabo. Mas, na verdade, só seria preciso, no máximo, umas dez laudas. Que 90% daqueles votos era pura besteira, babaquice, repetição, amostramento e vaidade. Que os ministros querem mesmo é aparecer, ua espécie de fogueira das vaidades. Disse mais. a maioria dos ministros não tem botório aber jurídico. Jurista mesmo só havia uns três, e que havia até minstro que tinha levado pau em concurso para juiz.

Avançou, disse que não é só no STF que existe esse vício da chateação, das vaidades e da prolixidade, mas em todos sos tribbunais. Finalizou dizendo, voltanto aos Cem Anos de Gavrel Garcia Márquez, que os votos dos ministros pareciam os papiros dos cigano Melquíades. O cigano com José Aurélio Buenida viviam decifrando uns pergaminhos de papiro. Deviam ser votos de ministros. Inté.

P.S. Vamsos virar uma iemnsa Tombstone, uma cidade do antigo faroeste americano, todo mundo armado. E isso vai ser possível por decreto. Cruz Credo! Ah, Brasil.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/12/2018
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