A Filha da Faxineira...
Muda-se o ano
Muda-se o Presidente
Não perco a esperança de que um dia o Ser Humano
Descubra a beleza de ser realmente gente
Quando eu era criançinha
Somente tinha
Um vestido de algodão
Recorda a lembrança minha
Mamãe de cabeça baixa
Ouvindo os gritos do patrão
Não quero essa menina brejeira
No quarto de brinquedos a revirar
Te pago para limpar a sujeira
Só meu filho tem o direito de brincar
Me encolhi atrás da porta
Senti dentro de mim a inocência morta
E com medo corri...
Me escondendo entre as " barbas de bode"
Pois nessa vida manda quem pode
Pela primeira vez a maldade humana eu vi
A filha da faxineira
Havia sido descoberta
Pelo filho do patrão
Foi aquela gritaria
Me acode Virgem Maria
Menino mimado foi logo para o pai contar
Assim que me viu menina envergonhada chorar
Riu sem nenhuma pena
Até ficar rouco
Foi então que jurei
Quando crescer serei uma sábia morena
E lhe darei o troco
Mais de vinte anos se passaram até então
Pela estrada vinha uma moça e seu alazão
Aquele menino agora era um orgulhoso rapaz
Que cuidava da fazenda
E sonhava toda vez que via aquela prenda
A romântica moça de Batatais
Resolveu a moça aquele dia abordar
Pediu ao pai dela para sério namorar
Quando teve a permissão
Ergueu o queixo com satisfação
Segurou a morena firme pela cintura
Mal sabia ele que ela fora criada comendo rapadura
Aquela morena da cor do pecado
Deixou o soberbo rapaz desorientado
Pois ao lado dela ele só pensava em saliência
Mas a moça se esquivava
Dizendo ao rapaz devia ter um pouco mais de paciência
Moça humilde e sem futilidade
Ensinaria a ele o valor que tem a saudade
A morena fez para ele uma poesia
E transcreveu no verso de uma fotografia
Entregando-lhe na noite de Reveillon
Bem no momento em que os fogos iluminavam o céu
Enquanto ele lia absorto
Desaparece entre a multidão Raquel
As pessoas eufóricas se abraçavam
Desejando uns aos outros muita sorte
E o rapaz ali inerte
Olhando a fotografia da moça que lhe sorria
No meio do capinzal conhecido com barba de bode
Então ele descobriu como era bom
Ter tido ao seu lado uma moça verdadeira
Porque o amor pode vir de onde menos se espera
Até mesmo do coração de uma simples moça
A filha da faxineira...
Obrigada ao meu Mestre Ansilgus por tão linda interação. Suas palavras são como pérolas que guardo para sempre na minha alma e no meu coração,,,
Batatais tem uma moça
Que nenhuma terra tem
Que foi criada na roça
Mas escreve muito bem
São textos muito perfeitos
De verdade e muito amor
Seus leitores satisfeitos
Pra ela lhe dão louvor
Daqui do meu Pernambuco
Rendo-lhe minha homenagem
Por vezes fico maluco
Pra embarcar na carruagem
Fico muito agradecido
Por toda sua amizade
Por vezes envaidecido
Pra falar toda a verdade...
Ansilgus
Muda-se o ano
Muda-se o Presidente
Não perco a esperança de que um dia o Ser Humano
Descubra a beleza de ser realmente gente
Quando eu era criançinha
Somente tinha
Um vestido de algodão
Recorda a lembrança minha
Mamãe de cabeça baixa
Ouvindo os gritos do patrão
Não quero essa menina brejeira
No quarto de brinquedos a revirar
Te pago para limpar a sujeira
Só meu filho tem o direito de brincar
Me encolhi atrás da porta
Senti dentro de mim a inocência morta
E com medo corri...
Me escondendo entre as " barbas de bode"
Pois nessa vida manda quem pode
Pela primeira vez a maldade humana eu vi
A filha da faxineira
Havia sido descoberta
Pelo filho do patrão
Foi aquela gritaria
Me acode Virgem Maria
Menino mimado foi logo para o pai contar
Assim que me viu menina envergonhada chorar
Riu sem nenhuma pena
Até ficar rouco
Foi então que jurei
Quando crescer serei uma sábia morena
E lhe darei o troco
Mais de vinte anos se passaram até então
Pela estrada vinha uma moça e seu alazão
Aquele menino agora era um orgulhoso rapaz
Que cuidava da fazenda
E sonhava toda vez que via aquela prenda
A romântica moça de Batatais
Resolveu a moça aquele dia abordar
Pediu ao pai dela para sério namorar
Quando teve a permissão
Ergueu o queixo com satisfação
Segurou a morena firme pela cintura
Mal sabia ele que ela fora criada comendo rapadura
Aquela morena da cor do pecado
Deixou o soberbo rapaz desorientado
Pois ao lado dela ele só pensava em saliência
Mas a moça se esquivava
Dizendo ao rapaz devia ter um pouco mais de paciência
Moça humilde e sem futilidade
Ensinaria a ele o valor que tem a saudade
A morena fez para ele uma poesia
E transcreveu no verso de uma fotografia
Entregando-lhe na noite de Reveillon
Bem no momento em que os fogos iluminavam o céu
Enquanto ele lia absorto
Desaparece entre a multidão Raquel
As pessoas eufóricas se abraçavam
Desejando uns aos outros muita sorte
E o rapaz ali inerte
Olhando a fotografia da moça que lhe sorria
No meio do capinzal conhecido com barba de bode
Então ele descobriu como era bom
Ter tido ao seu lado uma moça verdadeira
Porque o amor pode vir de onde menos se espera
Até mesmo do coração de uma simples moça
A filha da faxineira...
Obrigada ao meu Mestre Ansilgus por tão linda interação. Suas palavras são como pérolas que guardo para sempre na minha alma e no meu coração,,,
Batatais tem uma moça
Que nenhuma terra tem
Que foi criada na roça
Mas escreve muito bem
São textos muito perfeitos
De verdade e muito amor
Seus leitores satisfeitos
Pra ela lhe dão louvor
Daqui do meu Pernambuco
Rendo-lhe minha homenagem
Por vezes fico maluco
Pra embarcar na carruagem
Fico muito agradecido
Por toda sua amizade
Por vezes envaidecido
Pra falar toda a verdade...
Ansilgus