BALANCETES DOS BANCOS
As agências não abrem para o público no último dia do ano. Outrora, quando não havia computador, o balancete era tudo feito manualmente, até a contagem dos juros nas contas correntes. Ficávamos até a madrugada no dia 31, apurando o lucro.
Nessa ocasião, os veteranos se aproveitavam para pregar peças nos novatos, geralmente dois. Um tal de Café, hoje cirurgião-dentista e outro não me lembro o nome. Enchiam mala de impressos e jornais velhos, dava um revólver para cada um e diziam que precisavam levar o lucro para Bauru. E recomendavam esperar o táxi à porta do banco.
O taxista também sabendo da história, colaborava. Assim que saíam para a periferia, parava o carro e recomendava aos dois novatos que era melhor conferir se o montante do dinheiro estava correto...