MIUCHA PELAS MADRUGADAS

Sempre que circulo pelo Bonfa, agora somente durante os dias, Miucha me vem à lembrança.

Durante a segunda metade dos anos oitenta do século passado, pela Osvaldo Aranha, os bares que já não existem mais, somente a tal Casa de Cultura - Ocidente, mas está não conta, primeiro que é uma tal de cultura restrita à maioria dos porto-alegrenses e porque a frente está voltada à rua João Telles e não à avenida Osvaldo Aranha.

Mas enfim, sobre Miucha?

- Hoje ela subiu aos céus, aos 81 anos, das interpretações por ela nos apresentadas, a Turma do Funil, parece que representa os retirantes, daqueles bares, que hoje só acontecem por ali, na minha memória.

Eu e o motorista, na quarenta, pelas vidraças dos bares, podíamos ver o desespero dos garçons, para que os últimos frequentadores, se retirassem e assim eles pudessem realizar a limpeza, para depois de algumas horas estarem de volta.

Num dos bares, um sessentão, meio agarrado ao garçom, forçava o retorno ao interior do bar, paramos e fomos ver do ocorrido. O frequentador embriagado, não queria retornar ao lar, pois lá sentia-se solitário e desprezado. Eu e o Tarouco, o levamos para casa. Um apartamento, de um quarto, sala e cozinha, de fundos, no segundo andar de um prédio, no bairro.

Esta é a lembrança e a consciência e razão das turmas do funil!

Tom deve estar recebendo-a por lá!