Lima Barreto continua sendo meu escritor
Lima Barreto fez uma obra enorme e de boa qualidade literária. São 18 volumes a obra de Lima Barreto e faz gosto a gente lê, porque tem um sentido muito forte na vida do nosso povo sobretudo na vida dos mais humildes coisa que Machado de Assis não falava de maneira alguma. O autor de O Alienista não tocava em certas coisas porque ele queria subir na vida e não podia de jeito nenhum ferir ninguém. Eu não disse que o autor de Iaiá Garcia não tinha talento nem era um grande escritor, eu disse apenas que ele não tinha a honestidade do meu querido Lima Barreto, que não teve apoio da grande imprensa e era odiado por gente como Coelho Neto, Olavo Bilac e muitos outros medíocres da escrita. Quando eu falo de uma coisa é porque li e tenho muita consciência para falar do que realmente penso. Li cinquenta e quatro anos para não falar besteira como muita gente fala. Eu seria burro se dissesse que o autor de Histórias da Meia Noite não fosse grande como literato e famosos cidadão. Não posso dizer que Machado de Assis tinha a honestidade de Lima Barreto, porque se eu disser isso eu estou sendo injusto comigo mesmo. Eu tenho consciência para dizer quem na verdade foi melhor escrevendo porque li a obra de ambos. Contudo tenho sabedoria para destacar a obra de Lima Barreto da obra do bruxo do Cosme Velho. Eu não tenho satisfação dar a ninguém sobre o que realmente escrevo. Tenho certeza que não faço plágio e escrevo o que eu quero escrever sem temer a gramática sem temer a tal crítica bestiola porque eu escrevo é para o povo pobre como eu e não para a elite ociosa. É por isso que Lima Barreto vai continuar sendo o meu ídolo, o meu melhor escritor ao em vez de Machado de Assis que não fazia caso do povo de onde ele veio. Quando nosso mulato Machado de Assis pegou fama e cresceu em dinheiro passou a esquecer a própria Maria Inês, a sua madrasta que tanto fez por ele. Estou falando da ações de Machado de Assis e não da qualidade do grande escritor que o foi. Lima Barreto foi cuidar da loucura do próprio pai como também dos seus irmãos mais novos. Lima se tornou um alcoólatra movido pelas dificuldades e o preconceito como intelectual negro e pobre. A obra de Lima Barreto é a nosso vida humilde, nela a gente encontra o sofrimento de um povo marcado pela miséria neste Brasil desastrado. Quero mandar um conselho ao meu leitor que leia A República da Bruzundanga e procure interpretar o que disse o nosso famoso romancista e autor de Numa e a Ninfa. Só assim o meu leitor não me criticará mais.