Isso, sim, é vida!

Imagine estas cenas: é uma tarde de um domingo comum do mês de dezembro, ano 2018. Pego uma enxada, vou limpar o quintal de uma das minhas casas, pois o mato já está muito grande. Continuo um trabalho que comecei na tarde do sábado anterior. Durante o trabalho, sem perceber, mexo com marimbondos que se encontram quietos numa folha de um dos pés de banana. Eles me colocam para correr. Depois de alguns minutos, eu volto. Olho os marimbondos e os vejo concentrados onde estavam. Termino o que eu começara, sem mexer com os marimbondos. Depois, tirarei esses pequenos insetos de lá. Certamente, com fogo. O meu pai talvez os tiraria usando apenas as mãos.

Ao terminar o trabalho, vou para a frente de casa. A noite está chegando. Sento-me no chão, descalço e apenas de bermuda. Carros e motos passam na rua. Fico pensando: eu tenho tudo de que preciso. A paz que existe em mim não se conquista com droga, riqueza, luxo, poder, fama. A paz interior é a maior e melhor riqueza que um homem pode ter. Foram 39 anos para chegar a este estado espiritual e mental. Amo o homem que sou. Estou me construindo. Eu agradeço a Deus a vida que tenho.

Cada pessoa é diferente das demais pessoas. Cada ser humano tem o direito e o dever de ter a sua personalidade, a sua identidade, o seu estilo de vida. Mas muitos seres humanos estão perdidos, distantes da felicidade.

Escrevo este texto na segunda-feira seguinte, dia 24 de dezembro de 2018, sentado na cama, assistindo a um telejornal. O telejornal está acabando.

Eu amo ser pequeno. Eu quero me tornar menor do que sou. Quanto menor eu me tornar, mais feliz eu serei e mais próximo do que mais busco estarei.

Isso, sim, é vida!

Pastos Bons/MA.

Domingos Ivan Barbosa