OS MEUS DIAS.

Os meus dias…

Em cada segundo deles, indistintamente, cada um tem sido de lutas e mais lutas. Eu não estou falando das lutas externas, embora, essas também corroboram com o meu, por assim dizer, declínio. Mas, as lutas internas, travadas no campo de batalha da mente, essas, insanamente migra para o coração na intenção de derrubá-lo.

Os meus dias…

São na verdade fragmentos, comparo-os a um quebra cabeças, desses de muitas peças, pequenas peças eu diria. Neste momento, neste exato momento, esse quebra cabeça parece completamente desarrumado, partes, a impressão é que ele foi montado errado, ou, talvez todo ele esteja errado. Certo é, que a aparente dificuldade parece monstruosa demais, parece, porque na verdade, não é.

Os meus dias…

Às vezes, muito raramente, acontecem pequenos lampejos de esperança, de alegria e regozijo em meus dias, mas as vezes, e, muito raramente - não me julguem - por favor, entendam. Às vezes, o sorriso do palhaço brincalhão não reflete sua verdadeira alma entristecida. Sempre haverá por detrás da pintura alegre de algum palhaço outra pintura, escondendo por vezes uma face cheia de lágrimas.

Os meus dias…

Como eu gostaria que os meus dias fossem como os dos pássaros. Ter a liberdade de voar, ter o céu a seu dispor. Os pássaros não trabalham para comer, vestir, ou ter onde dormir, no entanto, eles parecem melhores do que nós. Eu queria ser uma águia, ou um falcão, ou qualquer outra ave aliás.

Os meus dias…

Os anos… Os meus anos nunca saberão o que os meus dias ensinaram, e hoje, em pleno dezembro, já na iminência do ano novo, encontro-me entre a cruz ea espada, entre o ser e o não ser, entre o ter e o não ter, entre o falar e o calar. A cada novo minuto a mesma angústia crescente de sempre, quimeras da alma, e o meu olhar delirante, perde-se no infinito desses meus eternos dias.

Os meus dias…

São um amontoado de derrotas, dores, lutas, sangue, suor e lágrimas. Quisera eu ausentar-me da própria vida, me esconder em qualquer lugar, não ser nunca encontrado. No entanto, nada disso é realmente possível, não importa o lugar que estejamos, conosco sempre estará o carrasco que nos aflige a alma, sendo ele, se não outro, a saber… Os pensamentos.

Os meus dias…

São de alegrias, contentamentos, risadas, brincadeiras, divertimentos. Eu canto como o sabiá, e como os poetas de outrora, verso o amor prisioneiro em meu peito. Em cada palavra de amor que escrevo existe um pedaço de mim, dos meus sonhos, das minhas aventuras em terras imaginárias e distantes. Sou tudo, sou todos, um pouco de tudo em um pingo de nada.

Os meus dias…

É tudo o que escrevo, que imagino, e que não imagino também. Assim como você, caríssimo leitor; os meus dias é tudo isso que mencionei, e talvez algo a mais que eu tenha esquecido. Os nossos dias são assim, maravilhosamente desafiador. Se fossem todos os dias ruins, ou, se fossem todos alegres, certamente que deixaríamos de amar a vida, a amamos por ser ela diversificada, equilibrada, ora para cima, ora para baixo. Assim caminhamos, um dia de cada vez.

Feliz natal a todos.

E um próspero ano novo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 24/12/2018
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