Estações
Não tem porquê, apenas acontece. Tudo a sua volta parece normal, mas as cores alteram-se e desbotam ao tocar os olhos. O ar continua desaparecido, com uma impressão de estar livre e desimpedido, negando-lhe qualquer relação. Ainda surge uma energia que lhe sobe e desce por todo o corpo num fluxo de nascer, morrer e fazer-te perder-se. Dando-lhe só mais um dúvida entre zilhões, da qual tomará para si os holofotes da débil razão.
Mesmo deixando vestígios de algo que lhe diga havido existir, será só mais uma outra fase em algum ponto do espaço-tempo que não mais importa. Pena ser possível somente após estar irreconhecível. E como sua única certeza de ter vivido, foi lhe transformado nisso e lhe abandonado assim, com e como uma coisa sem identidade, e o que virá depois será mais incerto ainda. É desimportante! Essa coisa será para sempre a ditadora de qualquer momento. E não adianta surgir questões como a de "cadê os manifestante radicais?", "por que apenas cartazes pra salva este mundo?", "cadê aquela ação que transpareça dizer "ou eles ganham ou nós perdemos"?".
A condição passa a ser a de refém de algo muito maior que a própria existência. Está tudo envolvido. Mas nãoo importa o final, oque passa valer é saber se haverá continuação e estará lá para confirmar. E cuidado para não se tornar definitivamente passivo ao ponto de estar apenas submisso as mudanças de coisas que não são você.