SONHO DE CONSUMO NATALINO EM 1958
SONHO DE CONSUMO NATALINO EM 1958
O sonho de consumo era uma bola de capão, marca Drible, que enchia a cabeça de embaixadinhas e gols, que seriam floreados e marcados nas peladas, no campinho do Paulistano. Naquele Natal o sonho não se realizou. A embaixadinha virou embaixada no Velho Oeste e no Curdistão Bravio, capitaneada por um tal de Karl May, de quem nunca tinha ouvido uma só palavra ou referência. Minha preferência e referência, recaia sobre Didi, Garrincha e Pelé, como cantava a marchinha. Que decepção!!! Porém, meio contrariado, comecei a viajar pelo Velho Oeste Americano na companhia de Winnetou, pelo Curdistão Bravio, De Bagdá a Istambul, em aventuras jamais sonhadas, e daí em diante passei a amar os livros, que hoje tal como ontem, me encantaram e continuam encantando. A bola continuou rolando, mas os livros ocuparam boa parte do campo. Entre planícies verdejantes e desertos inóspitos, as histórias ocuparam muito bem os espaços, espalmando para escanteio o sonho de ser um jogador de futebol. Tornei-me um leitor contumaz, o que me permitiu viajar por mares nunca dantes navegados, criar cenários imaginários e inimagináveis.
Sonhei e continuo sonhando, os livros batem um bolão e fazem gols antológicos, num campo repleto de emoções e histórias sem fim.
Dê um livro de presente e quem sabe seu filho, seu neto, seu amigo, possa ter sonhos e evitar pesadelos.
FELIZ NATAL A TODOS.