A FLOR E A BORBOLETA
Da janela eu observo o jardim e testemunho aquele encontro quase diário. O abraço é inevitável entre elas, o beijo leva alguns momentos de pura emoção. Uma permanece ali sempre à espera do aconchego da outra, que chega maliciosa e dar início ao "namoro" que meus olhos não se cansam de ver e até sinto um certo prazer ao apreciar aquela cena digna de elogio.
A manhã parece contribuir com esse "romance" fortuito oferecendo um sol delicioso e de pouco calor. Entre tantas flores ali em demonstração de beleza para poucos olhos, entre eles os meus, a borboleta pousa suavemente sobre uma flor, que deve ser a de sua preferência, abre suas asas em uma formosura inigualável e, entre beijos e evoluções, dedica o seu "amor" com maestria e me faz compor palavras ensejando para confortar corações apaixonados.
No meu pensamento a flor parece dizer com todas as letras: "vem, minha borboleta querida, me abraça, me envolve com tuas asas acolhedoras, me beija e me transforma em tua preferida", ao que responde a borboleta: "venho aqui todos os dias por tua causa, te admiro, preciso de ti sempre". Fico mergulhado num mundo que não consigo viver fora dele por muito tempo e sempre estarei na janela olhando esse jardim e enaltecendo a simplicidade desse "amor".