A FILA
Olhando para trás, bem; me assustei em ver,quantas e quantas pessoas, em uma fileira que parecia interminável,de tão longínqua. E eu que parecia ocupar o primeiro lugar, já que não via ninguém a minha frente.
Até que,em um dado momento me questionei, o que realmente estaria fazendo alí, continuando a olhar para trás, fui prestando atenção em cada uma daquelas pessoas que me acompanhavam, com suas idades diferenciadas, pareciam seguir uma ordem cronológica decrescente no lugar que ocupavam, e ao olhar bem lá atrás, percebi uma criança no fundo, parecia ser um dos últimos se não o ultimo, pois de onde eu estava não conseguia ver mais além.
Engraçado que mesmo ao longe, aquela criança tinha um aspecto familiar, eu a via com uma certa dificuldade, logico, por conta da distância que nos separava.
Percebi também uma certa desatenção daquelas pessoas, como se não soubessem bem o que estavam fazendo, alguns pareciam mais jovens que os demais a sua frente,todos muitos dispersos, não se cumprimentavam e pareciam também não dar a mínima para quem estava ao lado!
Me coloquei a raciocinar o porque, a final das contas qual o real motivo de estar alí, até me dar conta, que aquelas pessoas eram as mesmas, só que em determinados momentos da vida, e que todos eram eu, quantas pessoas não tentamos ser ao longo do crescimento existencial, quantas profissões exercidas, e quantas sonhadas quantas ações executadas, para enfim dar conta do próprio sustento e dos sonhos,quantas coisas aprendidas, quantos erros e acertos que usamos como vestimentas no decorrer, às alegrias e tristezas também compunham, até chegar neste ponto onde estou, não sei ao certo o que virá, pois no presente onde me encontro, a frente não vejo ninguém, continuo interrogando meu passado, e tudo que fiz para chegar até aqui, é quantos ainda serei para meu crescimento pessoal...
Enfim, agora é seguir em frente, até um ponto distante onde consiga me ver novamente aqui neste ponto, como mais um momento nesta que é interminável fila de aprendizados que é a vida!
(Do meu livro: Escultor de Frases)
(Conclusão)
(George Loez )